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Bancos centrais de sete países anunciam projeto para explorar tokenização em pagamentos

Autoridades monetárias dos EUA, Reino Unido, Japão, França, Suíça, México e Coreia do Sul se uniram para testar tokenização

Tokenização tem ganhado espaço no mercado (Reprodução/Reprodução)

Tokenização tem ganhado espaço no mercado (Reprodução/Reprodução)

João Pedro Malar
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 4 de abril de 2024 às 14h16.

O Banco de Compensações Internacionais (BIS, na sigla em inglês), considerado o "banco central dos bancos centrais", anunciou na última quarta-feira, 3, um novo projeto que contará com a participação de sete bancos centrais para testar e explorar o potencial da tokenização, com foco na área de pagamentos transfronteiriços.

De acordo com um comunicado divulgado pela instituição, a iniciativa recebeu o nome de Projeto Agorá, em referência à palavra grega para marketplace. O projeto contará com a participação dos bancos centrais da França, Japão, Coreia do Sul, México, Suíça, Inglaterra e com a filial do Federal Reserve em Nova York.

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A ideia é que as autarquias também trabalhem em conjunto com instituições privadas reunidas no Instituto Internacional de Finanças (IIF, na sigla em inglês) para "explorar como a tokenização pode melhorar o funcionamento do sistema monetário" atual.

"O projeto baseia-se no conceito de livro-razão unificado proposto pelo BIS e investigará como os depósitos bancários comerciais tokenizados podem ser integrados com moedas digitais de bancos centrais em uma plataforma financeira central programável público-privada", explica o comunicado.

Na visão do BIS, esse cenário "poderia melhorar o funcionamento do sistema monetário e fornecer novas soluções utilizando contratos inteligentes e programabilidade, mantendo ao mesmo tempo a sua estrutura de dois níveis", dividida entre a atuação de agentes públicos e privados.

A ideia é que as instituições envolvidas testem o uso da tecnologia blockchain e suas funcionalidades, como os contratos inteligentes, que segundo o BIS "podem permitir novas formas de liquidação e desbloquear tipos de transações que não são viáveis ​​ou práticas atualmente, oferecendo, por sua vez, novas oportunidades para beneficiar empresas e pessoas".

O objetivo final do projeto é "superar várias ineficiências estruturais na forma como os pagamentos acontecem hoje, especialmente os transfronteiriços" e superar diferenças jurídicas, regulatórias e técnicas que ainda dificultam a integração entre os sistemas de pagamento ao redor do mundo.

A próxima etapa da iniciativa envolverá a abertura de uma chamada para instituições privadas manifestarem interesse em integrar o Projeto Agorá, representando os países dos bancos centrais escolhidos e ajudando a construir o "sistema monetário do futuro".

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