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Ataques contra Bitcoin e Ethereum são "economicamente inviáveis", diz estudo

Pesquisa avaliou nível de dificuldade para assumir controle das redes blockchain por trás das duas maiores criptomoedas do mercado

Bitcoin e Ethereum são os blockchains por trás das duas maiores criptomoedas do mercado (Reprodução/Reprodução)

Bitcoin e Ethereum são os blockchains por trás das duas maiores criptomoedas do mercado (Reprodução/Reprodução)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 16 de fevereiro de 2024 às 16h30.

Última atualização em 16 de fevereiro de 2024 às 17h01.

Um estudo divulgado nesta semana pela empresa CoinMetrics buscou avaliar o quão difícil seria assumir o controle das redes Bitcoin e Ethereum, os blockchains que estão por trás das duas maiores criptomoedas do mercado. A conclusão é que, atualmente, esses ataques seriam "economicamente inviáveis".

A pesquisa avaliou o que será necessário fazer para que criminosos assumissem o controle de, respectivamente, 51% da capacidade de mineração do Bitcoin e 34% da rede de validação de transações da Ethereum, que funciona em uma lógica diferente do sistema de mineração do bitcoin.

Os números foram definidos pelos analistas como o necessário para que invasores assumam o controle efetivo dos blockchains e consigam determinar quais transações seriam, ou não, validadas nas duas redes, na prática conseguindo controlá-las. Em seguida, foi estimado o valor necessário para isso.

No caso da Ethereum, seria preciso desembolsar cerca de US$ 34,39 bilhões para a operação, considerando a cotação do ether em 31 de dezembro de 2023. Se o ataque começasse na mesma data, ele seria concluído apenas em 14 de junho de 2024, quando assumiria o controle da rede.

Já no caso do bitcoin, o investimento seria menor, na casa dos US$ 20 bilhões, mas seria necessário reunir um número significativo de unidades de mineração da criptomoeda - que validam as transações na rede - para efetivamente assumir o controle da rede.

Nesse caso, porém, o estudo aponta que não haveria uma quantidade disponível de microprocessadores que seriam necessários para operar as máquinas de mineração. Outra alternativa seria realizar parcerias com fabricantes, mas o cenário foi classificado como "improvável".

Além disso, no caso do bitcoin a operação teria também um custo elevado de eletricidade para o funcionamento das máquinas, o que tornaria o ataque "inviável". A rede Bitcoin usa um mecanismo conhecido como prova de trabalho (proof-of-work, em inglês), enquanto a Ethereum usa um mecanismo de prova de consenso (proof-of-stake, em inglês).

Considerando todos esses fatores, os analistas concluíram que "a segurança do Bitcoin e do Ethereum evoluiu a um ponto em que os custos e riscos associados aos ataques superam em muito quaisquer benefícios potenciais", um sinal positivo para a confiabilidade das redes.

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