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Após despencar para menos de US$ 40 mil, bitcoin vai continuar caindo? Especialista responde

Principal criptomoeda do mercado enfrenta quedas significativas; entenda os motivos

 (Reprodução/Reprodução)

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Mariana Maria Silva
Mariana Maria Silva

Repórter do Future of Money

Publicado em 22 de janeiro de 2024 às 18h27.

A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês), aprovou recentemente os primeiros ETFs de bitcoin do país. No entanto, a notícia que elevou as expectativas de especialistas e investidores ao longo de todo o ano de 2023, não impulsionou o preço da principal criptomoeda.

O bitcoin caiu abaixo de US$ 40 mil nesta segunda-feira, 22. A principal criptomoeda chegou a custar US$ 39.536, e agora é cotada a US$ 40.033 de acordo com dados do CoinMarketCap. A queda nas últimas 24 horas foi de 3,9%, e nos últimos 30 dias já soma 8,4%.

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A maior criptomoeda do mundo em valor de mercado teve seu potencial reconhecido por gigantes do mercado financeiro. Larry Fink, CEO da BlackRock, afirmou que o bitcoin é o “ouro digital”. A gestora é a maior do mundo em ativos sob gestão e agora possui um ETF de bitcoin à vista nos EUA.

Apesar disso, o acontecimento não fez com que o preço do bitcoin disparasse por muito tempo. A expectativa de especialistas do Standard Chartered é que o bitcoin chegue a custar US$ 100 mil ainda esse ano, mas por enquanto a criptomoeda opera em queda.

De acordo com João Galhardo, analista de research da Mynt, um dos motivos da queda é a saída de capital do GBTC, um dos maiores fundos de bitcoin que foi convertido em ETF pela Grayscale com a aprovação recente da SEC.

“Mesmo com o lançamento bem-sucedido dos ETFs, o preço do bitcoin tem apresentado uma trajetória descendente nas últimas semanas. Um dos potenciais motivos para tal performance é a exacerbada saída de capital do GBTC, ETF de bitcoin à vista da Grayscale e, atualmente, o maior em ativos sob gestão”, disse ele à EXAME.

O bitcoin vai continuar caindo?

"Dado que o resgate de GBTC implica a venda direta de bitcoins (a Grayscale trabalha apenas com resgates em dólares), é plausível que as quedas continuem enquanto esse fluxo de saída se mantiver alto, com constantes pressões vendedoras fragilizando o mercado”, explicou.

“Investidores devem monitorar as atividades da Grayscale, pois do mesmo modo que a pressão vendedora ocasionada pelo GBTC empurra os preços pra baixo, a falta dessa pressão quando os fluxos de saída secarem dará espaço para o destaque da entrada de capital nos outros ETFs (como o da BlackRock, Ark, Fidelity, etc), que tem ocorrido de forma constante e promissora”, concluiu o especialista.

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