Análise: em US$ 23 mil, bitcoin pode voltar a subir no curto prazo
Aversão ao risco predomina, mas criptomoedas caem menos que outros ativos de risco, como as ações
Redação Exame
Publicado em 28 de fevereiro de 2023 às 18h09.
Última atualização em 28 de fevereiro de 2023 às 18h26.
Por Lucas Costa*
Os mercados globais têm leve respiro essa semana, recuperando parte do movimento de queda que acompanhamos na última semana, em que o S&P 500 caiu mais de 2,70% e o dólar global fechou com alta de 1,33%. O sentimento de aversão ao risco parece ser predominante nas últimas duas semanas, mas as criptos seguem resilientes, caindo menos do que os principais índices de ações.
O mercado se encontra em compasso de espera para a divulgação do payroll (relatório de emprego não agrícola) na próxima sexta-feira, 10, uma vez que mercado de trabalho americano mais apertado pode provocar pressões baixistas nos ativos de risco.
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O S&P500 faz tentativa de recuperação na semana, mas o contexto de curto e médio prazo ainda é de queda. O índice americano fez um movimento de recuperação entre outubro de 2022 e janeiro de 2023, com fundos mais altos em 3.630,00 e 3.800,00.
O rompimento do topo em 4.150,00 poderia acionar uma figura de pivô de alta, mas o movimento foi frustrado quando o preço falhou em fechar acima dessa região. Os compradores perderam força e os vendedores levaram o preço novamente para as médias móveis de 50 e 200 dias. No gráfico diário, esperamos um novo movimento de queda, caso o preço perca os 3.950,00, com objetivo no fundo de janeiro de 2023 em 3.790,00.
O bitcoin encontrou resistência no topo de agosto de 2022 e o movimento perdeu força. No gráfico diário, a tendência de médio prazo é de queda e no curto prazo temos uma reversão para alta. No gráfico diário, as médias móveis de 21 e 50 períodos tem alinhamento de alta, indicando força compradora.
O preço tem contração de volatilidade perto das resistências em US$ 25.300 e seu rompimento pode levar a uma nova pernada de alta, com próximo objetivo no topo de junho de 2022 em US$ 32.000. O principal suporte é a média móvel de 50 períodos em US$ 22.500 e o seu rompimento pode desconfigurar o cenário de alta do curto prazo.
O ether, a criptomoeda nativa da rede Ethereum, tem um price action similar ao bitcoin, mas vale destacar as suas peculiaridades. A tendência de curto prazo é de alta e o preço também lateralizou perto de resistências relevantes em US$ 1.730,00.
O movimento de recuperação do ether ocorreu em patamares mais altos que os anteriores (acima do fundo de junho de 2022), sinalizando maior força relativa. As próximas resistências são US$ 1.730 e US$ 2.030,00.
*Lucas Costa é mestre em administração e economista pela Universidade Federal de Juiz de Fora, atuou como pesquisador acadêmico e professor nas temáticas de blockchain, criptomoedas e comportamento de consumo, sendo um dos fundadores do grupo de pesquisa Blockchain UFJF. Foi operador de câmbio em mesa proprietária com foco em análise técnica, e trader pessoa física em mercado futuro. Atualmente, é analista técnico CNPI do BTG Pactual digital, e apresenta a sala ao vivo de análises de maior audiência do Brasil.
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