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Análise: criptomoedas conseguem se recuperar após fortes quedas com volatilidade global

Eventos econômicos e geopolíticos estão desencadeando movimentos significativos em diversas classes de ativo

Mercado de criptomoedas voltou a cair em 2024 (Reprodução/Reprodução)

Mercado de criptomoedas voltou a cair em 2024 (Reprodução/Reprodução)

Lucas Costa
Lucas Costa

Analista Técnico do BTG Pactual

Publicado em 7 de agosto de 2024 às 11h21.

Os mercados globais enfrentam uma semana volátil, com eventos econômicos e geopolíticos desencadeando movimentos significativos em diversas classes de ativo. Nos Estados Unidos, o S&P 500 sofreu inicialmente uma forte queda de 3% em 5 de agosto de 2024, mas fez uma recuperação forte e fechou com alta de 1,04% no dia 6 de agosto. O dólar global (DXY) fez uma reversão de alta para baixa.

Após uma queda de 0,53% em 5 de agosto, o índice também fez um movimento de recuperação. Os principais criptoativos operaram dentro do contexto macro global, com o bitcoin caindo 11,30% esse mês.

Após uma queda acentuada de 7,06% em 5 de agosto, atingindo uma mínima de US$ 49.050, o bitcoin conseguiu se recuperar com altas de 3,74% e 2,45% nos dias 6 e 7 de agosto, respectivamente.

A semana foi marcada por eventos importantes no Japão, onde o Banco do Japão (BoJ) surpreendeu os mercados ao aumentar a taxa de juros de 0,1% para 0,25%. Essa decisão inesperada levou ao desmonte de posições de carry trade, resultando em uma valorização significativa do iene, com o par USDJPY caindo de 161,65 em 11 de julho para 144,80 na última segunda feira.

O impacto dessa movimentação foi sentido no índice NIKKEI, que caiu 12,40% na última segunda feira, acionando o mecanismo de circuit breaker. No entanto, o índice conseguiu recuperar 10,25% no dia seguinte e atingiu limite de alta. O ether também não ficou imune à volatilidade do mercado, caindo 23,23% no mês de agosto.

Na última segunda feira, a criptomoeda sofreu uma queda de 9,97%, mas conseguiu alguma recuperação com um aumento de 1,74% em 6 de agosto e mais 0,81% de alta em 7 de agosto.

Apresentamos a análise técnica do S&P 500, DXY, Bitcoin, Ethereum.

Análise Técnica – S&P 500

O S&P500 possui tendência de alta no médio prazo e fez correção no curto prazo. O movimento de queda iniciado no pregão da última segunda feira, 5, encontrou suporte perto da média móvel de 200 dias em 5.100,0, e observamos uma retomada da pressão compradora.

As próximas resistências são a média móvel de 50 dias em 5.450,0 e o topo de jul-24 em 5.670,0. O próximo suporte é o fundo de abril de 2024 em 5.010,0.

Coluna Lucas Costa

Análise Técnica – DXY

O dólar fechou a última com queda de 1,06% e os vendedores voltaram a ganhar força no pregão de hoje. A tendência de curto prazo fez uma tentativa de reversão de alta para baixa, com rompimento da média móvel de 200 dias.

No gráfico diário do DXY, o preço formou um topo mais baixo que o anterior em 106,100 e o rompimento do último fundo em 103,700 acionou um novo pivô de baixa, com objetivos em 102,465 (61,8%) e 101,530 (100%).

A tendência de curto prazo fez uma reversão de alta para baixa e os vendedores ganharam força. Acreditamos em continuidade do movimento de queda, caso o índice se mantenha abaixo da média móvel de 200 dias, com objetivo no fundo de dezembro de 2023 em 100,800.

Coluna Lucas Costa

Análise Técnica – Bitcoin

O bitcoin encerrou a última semana com queda de 14,82% e testou o suporte em US$ 50.500, mas tivemos um aumento da pressão compradora e “retomada em V”.

O gráfico diário do bitcoin mostra uma tendência de médio prazo de alta, e no curto prazo, o rompimento da média móvel de 200 dias em US$ 61.685 pode provocar uma lateralidade no curto prazo. As próximas resistências são US$ 68.500 e US$ 72 mil. O próximo suporte é a mínima em US$ 50.500.

Coluna Lucas Costa

Análise Técnica – Ethereum

O gráfico do ether fez uma reversão de alta para baixa no curto prazo. No gráfico diário, o preço rompeu o último fundo em US$ 2.820 e acionou um novo pivô de baixa, com objetivos nas projeções de Fibonacci em US$ 2.235 (161,8%) e US$ 1.940 (200%).

As médias móveis de 21 e 50 dias têm cruzamento de baixa, indicando aumento da pressão vendedora e os indicadores podem atuar como resistências em tentativas de recuperação. O Índice de Força Relativa atingiu o patamar de sobrevenda, sugerindo um preço “esticado”.

Coluna Lucas Costa

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