(Reprodução/Reprodução)
Repórter do Future of Money
Publicado em 21 de fevereiro de 2024 às 16h25.
Última atualização em 21 de fevereiro de 2024 às 17h40.
Os airdrops surgiram para tornar realidade os desejos de muita gente: ganhar criptomoedas de graça. A nova classe de ativos que vem chamando a atenção de investidores interessados em modernidade, tecnologia e diversificação traz consigo uma série de termos ainda desconhecidos no mundo das finanças tradicionais. “Airdrop” é um deles. Mas o que é um airdrop e quais são os riscos de participar dessas distribuições gratuitas de criptomoedas?
Os airdrops são distribuições gratuitas de criptomoedas e tokens para carteiras digitais que vão armazenar essas moedas digitais.
Na prática, os airdrops são uma estratégia de atração de usuários e projetos para redes blockchains. A ideia é estabelecer condições para o recebimento dos ativos que levem a uma atividade maior na rede. Em troca, há o envio das criptomoedas como uma recompensa pela fidelidade ao projeto.
Os airdrops viraram uma verdadeira febre nos últimos anos graças à proposta de poder lucrar com uma criptomoeda sem necessariamente precisar comprá-la. Muitos destes eventos ficaram famosos por distribuir criptos que futuramente se tornaram muito valiosas, como a Ethereum Name Service (ENS) e Arbitrum (ARB).
No entanto, nem tudo são flores em relação aos aidrops. Além de cumprir condições específicas para se tornar elegível a receber, o usuário interessado em participar dos airdrops precisa tomar muito cuidado com a segurança de seu patrimônio em criptomoedas.
Isso porque hackers e golpistas estão cada vez mais atentos às novidades da tecnologia e podem se aproveitar de temas “quentes” e que despertam o interesse de usuários para aplicar golpes.
“Alguns airdrops acabam sendo esquemas fraudulentos disfarçados, visando roubar fundos ou dados pessoais dos usuários. É comum que golpistas criem falsos airdrops, ou páginas falsas de airdrops verdadeiros onde, quando você conecta sua carteira cripto para solicitar (essencialmente permitindo que aquele contrato inteligente interaja com seus fundos), o cidadão mal intencionado drena seu dinheiro”, explicou João Galhardo, analista de research da Mynt, plataforma de criptoativos do BTG Pactual.
O phishing é um dos golpes mais aplicados na internet atualmente e é capaz de gerar um lucro bilionário para hackers. Este tipo de golpe consiste na criação de páginas falsas para captar dados das vítimas. Nesse caso, um hacker pode criar uma página falsa muito parecida com a de um airdrop e, caso o usuário conecte sua carteira nela, conseguir o acesso para roubar possíveis criptomoedas que já estejam por lá.
João Galhardo contou à EXAME que a melhor estratégia para escapar desse risco é se certificar de que está navegando em páginas oficiais e confiáveis. Além disso, também é possível criar uma carteira cripto adicional, com pouco valor contido apenas para pagar taxas de transação. Dessa forma, evita-se que grandes valores de um patrimônio cripto sejam roubados da carteira principal.
“O melhor jeito de evitar golpes é você se certificar de que todos os links que você está clicando são os oficiais, procurando a página oficial no Twitter”, disse Galhardo em entrevista à EXAME.
Além disso, é preciso estar atento à uma possível tributação das criptomoedas recebidas em um airdrop para não ter problemas fiscais em seu país de origem.
“Dependendo da jurisdição, receber tokens através de um airdrop pode ser considerado um evento tributável, o que implicaria a necessidade de declaração e pagamento de impostos”, acrescentou o analista.
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