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Ações da MicroStrategy superam Tesla e Nvidia e são as mais negociadas nos EUA

Empresa de software tem acompanhado a forte valorização do bitcoin, ativo usado pela companhia como reserva de valor

MicroStrategy: empresa tem sido beneficiada por alta do bitcoin (Joe Raedle/Getty Images)
João Pedro Malar

Repórter do Future of Money

Publicado em 21 de novembro de 2024 às 10h51.

Última atualização em 21 de novembro de 2024 às 10h53.

As ações da MicroStrategy foram as mais negociadas nas bolsas dos Estados Unidos na última quarta-feira, 20, superando gigantes do mercado como a Nvidia e a Tesla. A companhia de software voltou a atrair investidores em 2024 e disparou nos últimos meses, impulsionada pela sua relação próxima como o bitcoin .

Os dados foram divulgados pelo analista de ETFs da Bloomberg Eric Balchunas em uma publicação no X, antigo Twitter. Ele destacou que as ações da companhiatotalizaram US$ 18,56 bilhões em volume negociadona quarta-feira, cerca de US$ 1,24 bilhão a mais que a segunda colocada no dia, a Nvidia.

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"Superar a Tesla e a Nvidia é uma loucura. Fazem anos desde a última vez em que uma ação foi mais negociada que essas duas. A última a conseguir isso pode ter sido a GameStop", comentou, fazendo referência à ação que disparou na época da chamada "revolta das sardinhas".

No mesmo dia em que foi a ação mais negociada nos EUA, a MicroStrategy também registrou uma valorização de 12,56%. No mesmo período, a Nvidia teve queda de 0,74%, enquanto a Tesla desvalorizou 2,33%. Já nesta quinta-feira, 21, os papéis da companhia disparam mais de 15% nas negociações pré-abertura de mercado.

Disparada da MicroStrategy

A disparada das ações da MicroStrategy se concentrou no segundo semestre deste ano. Apenas em novembro, os papéis da companhia saltaram 147%. O movimento firmou um novo preço máximo para os papéis da empresa, atualmente na casa dos US$ 546.

O sucesso da empresa está diretamente associado à sua estratégia de adotar o bitcoin como uma reserva de valor em seu balanço patrimonial. O movimento foi iniciado em 2020 pelo então CEO da MicroStrategy, Michael Saylor, e transformou a companhia na maior detentora institucional do ativo.

No momento, ela soma 331,2 mil unidades da criptomoeda, avaliadas em mais de US$ 30 bilhões. Os custos com as compras totalizam US$ 16,5 bilhões, com uma margem de lucro de mais de US$ 14 bilhões devido à valorização do ativo desde que as compras foram iniciadas.

Na prática, a MicroStrategy é vista por investidores como uma forma de exposição indireta à criptomoeda, o que tem beneficiado as ações da empresa em momentos de alta do ativo como o atual, com o bitcoin firmando diversos recordes consecutivos e se aproximando da casa dos US$ 100 mil.

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