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A16z quer aproveitar queda do mercado cripto e lança fundo de US$ 4,5 bi

Famosa por investir nos estágios iniciais das maiores empresas de tecnologia do mundo, a16z diz que queda gera oportunidades e volta a mirar no setor de cripto e blockchain

A16z já investiu em empresas como Facebook, Instagram, Airbnb e Slack, mas agora tem criptomoedas e blockchain como foco principal (SOPA Images/Getty Images)

A16z já investiu em empresas como Facebook, Instagram, Airbnb e Slack, mas agora tem criptomoedas e blockchain como foco principal (SOPA Images/Getty Images)

GR

Gabriel Rubinsteinn

Publicado em 25 de maio de 2022 às 10h24.

Uma das maiores empresas de capital de risco do mundo, a Andreesen Horowitz, também conhecida pela sigla a16z, anunciou nesta quarta-feira, 25, o lançamento de um novo fundo bilionário focado em empresas que utilizam a tecnologia blockchain. A ideia é aproveitar as barganhas que a queda do mercado cripto tem proporcionado.

A a16z é conhecida por ter investido nos estágios iniciais de algumas das maiores empresas de tecnologia do mundo, como Airbnb, Facebook, Instagram, Lyft, Pinterest, Slack, Skype, Zynga e muitas outras. Há quatro anos, criaram o seu primeiro fundo focado no mercado cripto, com investimentos bem-sucedidos desde então, por exemplo na corretora Coinbase.

Agora, a empresa vai ainda mais um fundo no setor. “Os mercados em baixa são, muitas vezes, quando aparecem as melhores oportunidades de negócio. É quando as pessoas são realmente capazes de se concentrar na construção da tecnologia, ao invés de se distrair com a atividade de preços de curto prazo”, afirmou Arianna Simpson, sócia geral da Andreessen Horowitz em entrevista à rede de TV norte-americana CNBC.

(Mynt/Divulgação)

O novo fundo terá 4,5 bilhões de dólares (quase 22 bilhões de reais) disponíveis para investimentos em empresas e projetos ligados ao universo das criptomoedas e criptoativos. Com isso, o total de investimentos da Andreesen Horowitz no setor chega a 7,6 bilhões de dólares (36,8 bilhões de reais).

Atualmente, já fazem parte do portfólio da a16z empresas do mundo cripto como Avalanche, Celo, Compound, Dapper Labs, Maker, OpenSea, Solana, Sky Mavis, Uniswap, YGG, Yuga Labs, entre várias outras - o fundo se retirou da Coinbase quando esta abriu capital no ano passado. Agora, a ideia é aproveitar a queda do mercado para expandir ainda mais a sua carteira de participações.

Nem mesmo o colapso recente do blockchain Terra e suas criptomoedas nativas LUNA e UST desanima a a16z, que afirma que os investidores não precisam se preocupar com as apostas do fundo, já que existe um rigoroso controle sobre onde o dinheiro é aportado: “A diligência técnica e os outros tipos de diligência que fazemos são fundamentais para garantir que os projetos atendam ao nosso padrão”, disse Simpson. “Embora nosso ritmo de investimento tenha sido alto, continuamos a investir realmente apenas no alto escalão de fundadores”.

Arianna Simpson e o também sócio da a16z, Chris Dixon, comparam a oportunidade de longo prazo no mercado cripto com o próximo grande ciclo de tecnologia e computação, depois dos computadores pessoais (PCs) na década de 1980, da Internet na década de 1990 e dos dispositivos móveis nos anos 2000.

“As pessoas que são céticas não estão onde estamos, que é novamente em uma posição afortunada, de poder conversar com esses criadores brilhantes o dia todo”, disse Simpson. “A outra coisa que eu acrescentaria é que muitos dos céticos são os titãs da Web 2.0 – eles estão em posição de lucrar e se beneficiar dessas plataformas fechadas”.

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