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5 criptomoedas que podem valorizar em setembro, segundo especialistas

Com um período de baixa volatilidade, mercado tem sido afetado por lateralização de preços, mas alguns ativos ainda podem se destacar

Mercado de criptomoedas enfrenta lateralidade nas últimas semanas (Reprodução/Reprodução)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 6 de setembro de 2023 às 14h52.

Após um período de forte alta no primeiro semestre deste ano, o mercado de criptomoedas tem sido afetada por uma lateralidade de preços, levando a uma baixa volatilidade em muitos dos ativos do setor. Em geral, as incertezas sobre o cenário macroeconômico mundial, em especial em relação à economia da China e o ciclo de juros dos Estados Unidos, têm evitado um novo ciclo de valorização.

Para Tasso Lago, fundador do Financial Move, "o mercado cripto passa por um período de baixa volatilidade, devido à falta de interesse de pessoas de venderem seus ativos. Quem tem não quer vender, e os preços não estão em um bom ponto de compra mediante a ausência de tendência, ou seja, os investidores estão esperando um próximo movimento do mercado para voltar a negociar".

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Já Ayron Ferreira, analista-chefe da Titanium Asset, observa que, ao avaliar possíveis investimentos em criptomoedas, é importante " lembrar que tal cenário demanda um apetite ao risco bem definido e profundo conhecimento de mercado". Por isso, o cenário é de cautela, mesmo com alguns ativos específicos que podem ter movimentos positivos em setembro.

Chainlink

Um ativo destacado por Ferreira é o link, criptomoeda nativa da Chainlink, um projeto que realiza a ligação entre diferentes redes blockchain. "Em agosto, a Chainlink participou de um teste com a SWIFT, uma das principais solução globais de pagamentos. A iniciativa se deu por meio do CCIP e, vale ressaltar, teve a presença de grandes nomes do setor bancário, incluindo bancos centrais e entidades privadas como o BNParibas e o Lloyds", afirma.

"O CCIP é um produto que tem muito potencial, pois tem o objetivo de fornecer uma infraestrutura de interoperabilidade, através da qual diferentes blockchains podem realizar transferências entre si. A ideia é que sirva como a infraestrutura global para a negociação de ativos tokenizados, uma tendência já observada por grandes empresas globais e governos", ressalta o analista.

Nesse sentido, ele acredita que novidades em torno dos testes e adoção dessa tecnologia tendem a beneficiar positivamente a Chainlink e, consequentemente, aumentar a atenção em torno da sua criptomoeda, com chances de novos ganhos.

Bitcoin

Theodoro Fleury, gestor da QR Asset, pontua que o bitcoin tem sido o grande destaque no mercado de criptoativos ao longo de 2023, com uma valorização acima de 70% e uma dominância de mercado que não tem sido ameaçada nos últimos meses. E, na visão dele, esse foco deve continuar, "principalmente com grandes investidores institucionais de olho no ativo".

A criptomoeda tem sido beneficiada principalmente pelos desdobramentos em torno dos pedidos de gestoras para lançamento de um fundo negociado em bolsa (ETF) de preço à vista de bitcoin nos EUA. Após a derrota da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) em um processo sobre o tema, as expectativas em torno da aprovação das solicitações cresceram , e qualquer novidade sobre o tema tende a impactar no preço do ativo.

Polygon

Ferreira também destaca o matic, criptomoeda nativa da rede Polygon. O projeto "tem se destacado cada vez mais no acirrado setor de soluções de segunda camada", atraindo principalmente parcerias com grandes empresas do mercado, incluindo Nubank, Lufthansa e a fabricante de relógios Cássio.

Ao mesmo tempo, o analista destaca que a Polygon ganhou recentemente um novo concorrente, o Base, rede criada pela corretora Coinbase. Nesse sentido, ele avalia que a Polygon "precisa seguir evoluindo e ampliando sua adoção. Contudo, a Polygon tem se destacado por sua busca constante por melhorias e pelo estabelecimento de parcerias significativas".

Para Ferreira, a disputa entre as redes blockchain de segunda camada, envolvendo Polygon, Base, Optimism e Arbitrum, "promete ser uma das mais promissoras nos próximos meses, especialmente com o crescente interesse por soluções que ofereçam escalabilidade ao ecossistema blockchain".

Synthetix

Outra criptomoeda citada pro Fleury é a Synthetix, que é uma plataforma de derivativos que opera no ecossistema SNX, também conhecido como Kwenta. O gestor destaca que o projeto tem chamado a atenção no mercado ao longo das últimas semanas após dados mostrarem um crescimento da iniciativa e novos recordes de volume negociado.

Em geral, uma expansão na base de usuários de um projeto tende a impactar positivamente no preço do ativo associado. "Além disso, ele teve forte movimento de compra por um novo player no inicio do mês", pontua o gestor. Nesse sentido, ele acredita que a criptomoeda "pode surpreender" nas próximas semanas.

BLZ

Apesar de destacar o cenário de lateralidade, Tasso Lago cita a criptomoeda BLZ, ligada à rede blockchain Bluezelle, como um ativo com aparente potencial para valorização em setembro. O motivo, explica, não é nenhuma novidade em torno do projeto, que é voltado para o mercado de jogos combinados com a tecnologia blockchain, mas sim "puramente gráfico".

Lago pontua que o ativo tem apresentando um comportamento "extremamente volátil", chegando a registrar valorizações diárias de 8% a 28% nas últimas semanas. Apesar da volatilidade dificultar projeção, ele acredita que o preço do ativo pode romper atuais resistências e trazer mais volume de negociação e atenção de investidores. "No geral, em termos de fundamentos de acontecimento, não há nada de evento, de lançamento", destaca.

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