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Messi no PSG, Ronaldo no Milan, Kaka no Real: relembre passagens apagadas de grandes craques

Jogador argentino deve deixar o clube francês no final da temporada

Ainda que o camisa 30 tenha conseguido bons números enquanto atuou em solo parisiense, o atacante foi bastante criticado pela torcida (Aurelien Meunier PSG/PSG/Getty Images)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 2 de junho de 2023 às 08h57.

O técnico do Paris Saint-Germain, Christophe Galtier, disse que Messi deixará o clube francês ao término desta temporada. Ele chegou afirmar que a despedida do argentino ocorrerá na partida contra o Clermont, pela última rodada da Ligue 1, neste sábado, o que foi desmentido horas depois por um porta voz do PSG. Ainda que o camisa 30 tenha conseguido bons números enquanto atuou em solo parisiense, o atacante foi bastante criticado pela torcida nesta temporada pelo desempenho na Champions League.

O GLOBO relembra grandes craques que tiveram passagens apagadas em clubes:

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Messi no PSG

O melhor jogador do mundo, que vai completar 36 anos em junho, foi anunciado pelo PSG, em agosto de 2021, como um “novo diamante em Paris”. O argentino chegou ao clube com um contrato de dois anos, até 2023, renovável por mais um, e trouxe consigo muita expectativa de resultado nos campos.

Messi fez, até aqui, 74 jogos, com 32 gols marcados e 34 assistências com a camisa do time. O craque conquistou duas vezes o Campeonato Francês, levantou também um troféu da Supercopa da França e igualou Daniel Alves como o jogador com mais títulos na história do futebol mundial.

No entanto, o argentino recebeu críticas da torcida do PSG pelo desempenho na Champions League, onde terminou com quatro gols e quatro assistências. Ele não conseguiu ajudar o clube nos dois jogos que culminaram na eliminação para o Bayern, nas oitavas. Por outro lado, Messi foi fundamental para a conquista da Ligue 1, com 16 gols e 16 assistências em 31 partidas disputadas.

O jogador também se envolveu em uma viagem polêmica à Arabia Saudita em maio. Ele teria faltado a um treinamento do PSG para cumprir compromissos profissionais no Oriente Médio. Segundo a imprensa francesa, o argentino faria a viagem, já adiada duas vezes, em meio a uma folga prometida pelo técnico Christophe Galtier em caso de vitória sobre o Lorient.

Entretanto, o clube perdeu a partida e a folga foi cancelada. Com isso, a rotina de treinamento foi retomada normalmente e o jogador faltou ao compromisso com a equipe. A ausência teria surpreendido o elenco e pôs em xeque o casamento entre Messi e o PSG. A renovação de contrato, antes difícil, ficou ainda mais distante.

Em sua última temporada no clube, Messi disputou 40 partidas pelo PSG e marcou gol em 48% delas, ou seja, em 19 oportunidades. Além de ter uma média de 0,53 gols por jogo.

Cristiano Ronaldo no Manchester United

Projetado ao topo da Europa pelo Manchester United, Cristiano Ronaldo surpreendeu o mundo ao anunciar o retorno ao clube inglês, em agosto de 2021. A chegada do craque indicava que ele voltaria ao time para encerrar a carreira em casa. Entretanto, a história teve um final decepcionante quando o jogador deixou o clube inglês, em novembro de 2022, sem antes disparar uma série de críticas ao time e ao treinador, Erik ten Hag.

A primeira temporada do jogador, de 38 anos, no United foi marcada por problemas internos na direção do clube. Três meses depois de sua chegada, o time inglês demitiu o treinador, o ídolo Ole Gunnar Solskjaer, que foi substituído pelo alemão Ralf Rangnick, diretor de futebol que aceitou voltar a ser treinador para ocupar uma posição interina.

Os Diabos Vermelhos amargaram uma irregularidade e terminaram a campanha na Premier League na sexta colocação, fora da zona de classificação à Champions League. Cristiano Ronaldo terminou como artilheiro da equipe, com 18 gols marcados — foi terceiro colocado na artilharia geral da competição. Entretanto, sua permanência foi colocada em dúvida, dada a ambição do jogador em disputar a competição continental.

Em entrevista ao canal "Sky Sports", em janeiro de 2022, CR7 pediu tempo para que Rangnick implementasse suas ideias, reclamou de problemas internos (sem explicá-los) e opinou que o United deveria sempre ambicionar pelas três primeiras posições.

Cerca de seis meses depois, os rumores de saída se intensificaram sob a prerrogativa de uma suposta insatisfação com a ausência na disputa da Champions League. Para tentar reverter a má fase, o clube investiu em Erik ten Hag, holandês que fez carreira de sucesso no Ajax.

Na época, Cristiano Ronaldo se envolveu com polêmica ao deixar o estádio Old Trafford antes do apito final de um amistoso de pré-temporada contra o Rayo Vallecano. Ten Hag buscou minimizar a situação, mas a relação entre eles logo azedou quando CR7 foi reserva em cinco dos seis primeiros jogos do clube na Premier League, uma situação que praticamente não havia vivido na carreira após explodir para o futebol.

O ápice da questão ocorreu em outubro, na vitória por 2 a 0 sobre o Tottenham, quando Cristiano foi chamado pelo técnico no fim do segundo tempo e se recusou a entrar em campo, deixando o estádio antes do apito final novamente. Ele foi suspenso da partida seguinte e afastado do elenco.

O jogador reconheceu a postura errada e falou em “calor do momento” em manifestação pelas redes sociais. CR7 foi reintegrado ao time e voltou a ser titular, ainda que o relacionamento com o técnico permanecesse abalado.

Em agosto, na última janela de transferência de verão, o United chegou a tentar negociar a saída do jogador, mas nenhum clube demonstrou interesse em arcar com o contrato de 500 mil libras (cerca de R$ 3,1 milhões) semanais. O time também nutria uma esperança que Cristiano Ronaldo fizesse uma boa Copa do Mundo no Catar para que pudesse surgir clubes interessados no atacante.

Todos esses fatores culminaram na saída imediata do craque, em novembro de 2022, em “comum acordo”. No comunicado, o clube agradeceu CR7 pela contribuição nas duas passagens pelo United, onde marcou 145 gols em 346 partidas, e deseja a ele e a sua família o “melhor para o futuro”.

Kaká no Real Madrid

Credenciado como o “Melhor Jogador do Mundo" em 2007, Kaká chegou ao Real com o status de, até então, a “transferência mais cara da história". Em 2009, o clube espanhol desembolsou 67 milhões de euros (R$ 362,5 milhões), com salários anuais de 10 milhões de euros (R$ 54,1 milhões).

Mas, o investimento não rendeu o retorno esperado e o jogador foi liberado a custo zero para voltar ao Milan, em 2013, deixando o clube com um prejuízo de 107 milhões de euros (R$ 578,9 milhões).

A ideia inicial do técnico Florentino Pérez era que Kaká e Cristiano Ronaldo formassem uma combinação imbatível em busca da tão sonhada décima taça da Liga dos Campeões. Entretanto, uma sequência de lesões, primeiro as pubalgias e depois uma cirurgia para raspagem da cartilagem do joelho esquerdo, impediram que o brasileiro tivesse uma sequência de jogos.

Após a Copa do Mundo de 2010, época da operação, Kaká disputou apenas 33,89% dos jogos do Real Madrid na temporada 2010/11. O jogador esteve em campo em 20 partidas, das 59 que o clube fez naquele período.

A situação se agravou com a chegada do técnico José Mourinho. A imprensa espanhola passou a noticiar que a relação entre eles não era boa e, aos poucos, o meia passou a perder espaço no time titular, o que fomentou rumores de saída.

A chegada de Carlo Ancelotti, com quem Kaká havia trabalhado no Milan, era vista como a última esperança de melhora no desempenho, o que não aconteceu. Depois do resultado abaixo do esperado na pré-temporada e de ser preterido pelo treinador italiano para os primeiros compromissos oficiais da temporada, o brasileiro resolveu expor a saída do clube espanhol.

Nos quatro anos em que ficou no Real Madrid, Kaká disputou 120 partidas, cerca de 53% dos 226 jogos oficiais do clube no período.

Em valores per capita, cada partida de Kaká pelo Real Madrid teria custado algo em torno de 890 mil euros (R$ 4,8 milhões) e cada um dos 29 gols do jogador saíram pela bagatela de 3,6 milhões de euros (R$ 19,4 milhões).

Ronaldinho Gaúcho no Fluminense

A permanência de Ronaldinho Gaúcho no Fluminense durou menos de três meses. O jogador chegou às Laranjeiras em 11 de julho de 2015 com grande expectativa. Esse foi o período mais curto do atleta em um clube.

Quando Ronaldinho começou a jogar pelo Fluminense, o time carioca ocupava a segunda colocação na tabela da série A do Brasileirão. Já três meses depois, no momento da saída, o clube havia caído para o décimo segundo lugar. Enquanto ele esteve nas Laranjeiras o time teve quatro vitórias, quatro derrotas e um empate em nove partidas.

Em setembro, o clube anunciou, por meio de nota, a rescisão do contrato, que tinha validade até o fim de 2016, em comum acordo. Ronaldinho deixou o clube após atuação apagada em jogo contra o Goiás. Ele foi vaiado pela torcida e substituído no intervalo.

Apesar do Fluminense assinalar que “a contratação correspondeu às expectativas em relação ao retorno de marketing, aumentando arrecadação com bilheteria, venda de camisas e número de sócios”, o jogador ficou devendo. Em sete partidas pelo clube no Brasileiro, Ronaldinho não balançou a rede nem deu passe para gol.

Ronaldo Fenômeno no Milan

A passagem de Ronaldo Fenômeno pelo Milan, seu último clube europeu, foi curta devido a uma contusão no joelho. O jogador foi vendido pelo Real Madrid no início de 2007 e permaneceu no time italiano por apenas um ano e meio. Foram apenas 20 jogos e nove gols marcados.

O atleta retornou a Itália após ter sido alçado à posição de ídolo no país pela atuação na Inter de Milão entre 1997 e 2002. Agora com a camisa do time rival, Ronaldo foi alvo de comentários sobre a parte física e teve bom desempenho durante os primeiros meses no Milan. Logo na estreia, ele anotou dois gols contra o Siena.

Enquanto atuava no Milan, Ronaldo sofreu ganho de peso e foi diagnosticado com hipotiroidismo, que consiste na diminuição da produção de hormônios pela tireoide.

A temporada 2007/08 terminou para o jogador no dia 13 de fevereiro em jogo contra o Livorno. Ronaldo começou no banco e entrou em campo só no segundo tempo. Acontece que poucos minutos após ter pisado no gramado, o jogador lesionou o joelho esquerdo na hora de um salto.

Existia a percepção de que Ronaldo não conseguiu apresentar o resultado esperado e o vínculo com o clube chegou ao fim, abrindo caminho para seu retorno aos campos brasileiros.

Garrincha no Corinthians

Considerado por muitos um dos maiores jogadores de todos os tempos, Garrincha teve uma passagem rápida e sem sucesso no clube paulista. Em 1966, o então presidente do Corinthians, Wadih Helou, estava em busca da contratação de um nome de peso para o elenco e decidiu investir no jogador já consagrado.

Entretanto, Garrincha, aos 32 anos, passava por problemas físicos e pessoais. O jogador, que nasceu com uma má formação congênita nos joelhos, sofria com problemas contínuos nas articulações. Além disso, o abuso de álcool passou a atrapalhar o desempenho em campo.

O técnico Oswaldo Brandão bancou a contratação, que causou alvoroço em todo o país. O treinador era conhecido pela sua habilidade de lidar com jogadores e tinha confiança que conseguiria auxiliar Garrincha a recuperar seu bom futebol.

O jogador precisou passar por tratamentos físicos antes da estreia contra o Vasco, no Pacaembu. O time paulista perdeu por 3 a 0 e Garrincha foi destacado como um dos piores em campo.

O atleta conseguiu melhorar seu desempenho em campo e chegou a ser convocado para a Copa do Mundo de 1966. Ao voltar da competição, Garrincha encontrou um Corinthians reestruturado. Oswaldo Brandão havia deixado o clube e o novo treinador, Filpo Núñes, não manteve uma boa relação com o jogador.

O baixo desempenho com a camisa alvinegra foi responsável pelo encerramento da passagem pelo time em novembro, após apenas uma temporada. No período, ele disputou um total de 13 jogos, com dois gols e quatro assistências

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