Esporte

Magic Johnson e sócios compram time de futebol americano por valor recorde de R$ 28,9 bilhões

Lenda do basquete será um dos donos do Washington Commanders; ele já tem participações em equipes como Los Angeles FC, de futebol, e Dodgers, de beisebol

A operação encerra a fase de dono da franquia do polêmico Dan Snyder, a quem a NFL aplicou multa de 60 milhões de dólares (Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)

A operação encerra a fase de dono da franquia do polêmico Dan Snyder, a quem a NFL aplicou multa de 60 milhões de dólares (Dean Mouhtaropoulos/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 21 de julho de 2023 às 12h31.

A American Football League (NFL) aprovou nesta quinta-feira a venda do Washington Commanders a um grupo de investimentos que inclui a lenda do basquete Earvin 'Magic' Johnson. A transação teve o valor recorde de cerca de US$ 6,05 bilhões (equivalente a R$ 28,9 bilhões), noticiaram a liga e a imprensa americana.

A operação encerra a fase de dono da franquia do polêmico Dan Snyder, a quem a NFL aplicou multa de 60 milhões de dólares (R$ 287 milhões) na quinta-feira por acusações de má conduta e irregularidades financeiras, denunciadas por ex-funcionários da equipe.

"As equipes da NFL aprovaram por unanimidade a venda do Washington Commanders para Josh Harris e seus parceiros hoje em uma reunião especial da liga realizada em Minneapolis", disse a liga em um comunicado.

Josh Harris, que também é coproprietário do Philadelphia 76ers da NBA e acionista do Crystal Palace, da Premier League, lidera o consórcio de investimentos nos Commanders, do qual 'Magic' Johnson também faz parte.

A ex-estrela do Los Angeles Lakers já possuía ações em outras franquias esportivas, como o time de futebol Los Angeles FC, atual campeão da MLS, e os Dodgers, da Major League Baseball (MLB), de beisebol.

Conforme previamente acordado em abril, o valor da compra dos Commanders chegou US$ 6,05 bilhões (equivalente a R$ 28,9 bilhões), um recorde para uma franquia desportiva americana, noticiou a rede ESPN.

Investigação de assédio sexual

Em 1999, Snyder pagou US$ 800 milhões (R$ 3,8 bilhões) para se tornar o dono do time, anteriormente conhecido como Washington Redskins e Washington Football Team. Mas a gestão foi criticada e alvo de várias investigações nos últimos anos.

Em 2021, a NFL já havia multado o Washington em US$ 10 milhões (R$ 47 milhões) devido a uma série de casos de assédio sexual, assédio e intimidação de funcionárias dentro da organização.

Como a NFL não divulgou os resultados completos dessa investigação, o Congresso dos Estados Unidos abriu seu próprio inquérito, descobrindo que Snyder "permitiu e participou" da cultura tóxica que prevalecia na franquia.

O comissário da NFL, Roger Goodell, nomeou a ex-promotora Mary Jo White para liderar uma investigação independente sobre as alegações de assédio sexual contra Snyder feitas pela ex-funcionária Tiffani Johnston perante o Congresso em fevereiro de 2022.

Goodell expandiu o trabalho de White em abril de 2022 para incluir alegações de má conduta financeira no clube.

Coincidindo com a venda dos Commanders, a NFL divulgou na quinta-feira os resultados da investigação de White, que respaldou a alegação de Johnston de que Snyder colocou a mão na coxa dela sob a mesa durante um jantar da equipe e depois a empurrou para o banco de trás de seu carro.

O relatório de 23 páginas também descobriu que a gestão reteve intencionalmente milhões de dólares em ingressos, licenças e outras receitas que deveriam ter dividido com outras equipes.

Os Commanders, vencedores de três títulos entre 1971 e 1992, nunca recuperaram seu brilho durante o mandato de Snyder e não vencem um jogo do playoff desde 2005

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