Cerveja: veja nova operação (Eva Marie Uzcategui/Getty Images)
Redação Exame
Publicado em 26 de novembro de 2024 às 16h09.
A Fifa anunciou nesta segunda-feira, 25, o segundo patrocínio para o Mundial de Clubes, com a AB InBev, considerada a maior cervejaria do mundo. A empresa é detentora de marcas conhecidas como Budweiser e Michelob ULTRA. O primeiro acordo anunciado pela Fifa foi com a empresa chinesa de eletrônicos Hisense, que assinou contrato no fim de outubro.
O Super Mundial vai marcar um novo formato para a competição a partir de meados de 2025 e será disputado de quatro em quatro anos, com 32 clubes divididos em oito chaves de quatro equipes. Nesta semana, a Fifa anunciou os 12 estádios que vão receber os jogos do torneio, localizados em 11 cidades dos Estados Unidos. A decisão será no MetLife Stadium, em Nova York, mesmo local da final da Copa do Mundo de 2026.
Nos próximos três anos, a começar por 2024, os Estados Unidos vão receber algumas das principais competições do planeta quando o assunto é futebol. Ainda neste mês de julho, o pontapé inicial se deu com a Copa América, que terminou com a Argentina campeã. Em meados de 2025, será a vez da realização do Super Mundial de Clubes, e em 2026, será a vez da Copa do Mundo, com alguns estados norte-americanos como sedes principais.
“Antes citado no meio esportivo apenas por conta da NBA e da NFL, os EUA agora vivem uma crescente na valorização do futebol, em parte impulsionada por eventos de grande porte. É uma agenda que não apenas atrai atenção internacional, mas também catalisa investimentos em infraestrutura, mídia e publicidade, além de criar diversas oportunidades de negócio para o mercado, como a hospitalidade e o oferecimento de um serviço premium para os torcedores", afirma Joaquim Lo Prete, country manager da Absolut Sport no Brasil, agência multinacional de experiências esportivas, com escritório nos EUA.
Em meio a tudo isso, os principais jogos que envolvem a NBA e a NFL vão continuar acontecendo, movimentando ainda mais o cotidiano dessas cidades e, consequentemente, fazendo a alegria dos turistas que estarão pelos locais durante esses eventos.
Para se ter uma ideia desta expansão, a Fifa, desde 2023, vem movimentando seus negócios para Miami, levando em conta os investimentos feitos pela principal liga do país, a Major League Soccer (MLS), especialmente após a ida de craques como Lionel Messi e Luis Suárez para o Inter Miami.
"Estamos diante da consolidação do país no cenário do futebol mundial. Devido ao volume de investimentos em estádios, clubes e contratações de jogadores de alto nível, como Lionel Messi, esse era um caminho natural a seguir. O americano trabalha com planejamentos de longo prazo, então, pode-se dizer que essa é uma construção que vem desde os anos 90, quando eles sediaram a Copa do Mundo de 1994", aponta Jorge Duarte, gerente de marketing e esportes da Somos Young, empresa que realiza o atendimento a sócios-torcedores de clubes de futebol.
Mais de 100 funcionários da entidade máxima do futebol mundial se transferiram da sede na Suíça para Coral Gables, local que vai receber o departamento jurídico, de auditoria, conformidade e gestão de riscos da organização.
Será que com tudo isso, os Estados Unidos podem ser o novo centro do futebol? Especialistas em gestão e marketing esportivo opinaram sobre o assunto e colocaram seus pontos de vista sob a ótica dos negócios.