Handebol de praia: diretor da modalidade na Federação Internacional de Handebol (IHF), Hristo Boshkoski, durante entrevista coletiva (Divulgação/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 28 de abril de 2023 às 17h54.
Última atualização em 28 de abril de 2023 às 18h14.
O handebol de praia, enfim, vai se tornar esporte de exibição na Olimpíada. A partir de Paris no ano que vem, o público vai ter a oportunidade de conhecer mais de perto a modalidade. O objetivo é ingressar, de fato, nos Jogos de Los Angeles, nos Estados Unidos, em 2028. A revelação foi feita na última terça-feira pelo diretor da modalidade na Federação Internacional de Handebol (IHF), Hristo Boshkoski, durante entrevista coletiva.
O suíço Hristo Boshkoski está no Brasil para acompanhar o Global Tour, que começa nesta quarta-feira e vai até domingo. Maricá, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, recebe a 1ª etapa da temporada do Circuito Mundial de handebol de praia com a participação de sete países. Além dos donos da casa, participam: Estados Unidos, México, Argentina, Uruguai, Chile e Portugal. Pela primeira vez, a competição será disputada em nosso país.
"Estamos trabalhando duro. Em primeiro lugar, o nosso objetivo é ter o handebol de praia no programa dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, em 2028. Já fizemos uma petição formal ao Comitê Olímpico Internacional para incluir a modalidade. Como parte do nosso trabalho, a gente vai ter uma exposição do handebol de praia durante a Olimpíada de Paris, em 2024. A gente vem trabalhando em conjunto com o COI, a Federação Francesa de Handebol e o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Paris. Durante três dias em Paris teremos a exposição que vamos usar como ferramenta para convencer as pessoas do COI de que o handebol de praia pertence ao programa olímpico", comentou Hristo Boshkoski.
Presente nos Jogos Olímpicos da Juventude, na Argentina, em 2018, o handebol de praia em Paris será exibido ao público durante três dias. O evento vai contar com oito equipes no adulto, sendo quatro no masculino e quatro no feminino. O objetivo da IHF é montar uma seleção com os principais jogadores de handebol de praia do mundo.
"A ideia é criarmos um show. Não apenas uma competição, mas um verdadeiro espetáculo para mostrar a verdadeira cultura que temos nesse esporte, que é um pouco diferente da cultura que temos no handebol de quadra, por exemplo. Selecionaremos os melhores jogadores do mundo e ainda estamos trabalhando no formato exato da competição. Mas vamos ter quatro equipes no masculino e quatro no feminino. Teremos não uma competição esportiva, mas também uma maneira diferente de ativar e mostrar o esporte para os jovens. O handebol de praia é um pouco mais voltado para os jovens do que a quadra. Teremos uma pequena festa com DJ para criar não apenas um evento esportivo mas também um evento de entretenimento completo. Queremos convencer o pessoal que o handebol de praia deve estar nos Jogos Olímpicos", disse.
Em busca de demonstrar o handebol de praia, a IHF decidiu montar uma grande estrutura para o Global Tour, que é o Circuito Mundial da modalidade. Com o ponto de partida no Brasil, sendo a sede para a 1ª etapa, a arena montada em Maricá, litoral do Rio de Janeiro, é uma das maiores já vistas para o esporte e tem capacidade de receber cerca de 3,5 mil pessoas.
"A ideia do Global Tour é crescer e eventualmente ter oito torneios por ano. Queremos transformar o handebol de praia em um esporte praticado durante todo o ano. Não apenas no verão. É claro que termos torneios como esse são um passo muito importante para tornar o esporte olímpico. É claro que estamos aqui no Brasil. Em nome da Federação Internacional de Handebol, em primeiro lugar, quero agradecer à cidade de Maricá por nos receber aqui e por receber esses sete países. Agradeço também a Confederação Brasileira de Handebol e dizer que este país é daqueles times do mundo que todas as outras equipes querem derrotar. O Brasil é a equipe que ganhou mais troféus internacionais de handebol de praia tanto na competição masculina como na feminina. Por isso é uma maneira simbólica de começarmos o Global Tour aqui no Brasil", concluiu o suíço.