Esporte

Claudiney Batista bate recorde paralímpico e leva ouro no atletismo em Paris

Brasileiro supera marca anterior e garante a medalha dourada, enquanto Beth Gomes leva prata no arremesso do peso

Claudiney Batista bateu recorde e conquistou o tricampeonato paralímpico. (Comitê Paralímpico Brasileiro/Reprodução)

Claudiney Batista bateu recorde e conquistou o tricampeonato paralímpico. (Comitê Paralímpico Brasileiro/Reprodução)

Fernando Olivieri
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 2 de setembro de 2024 às 10h03.

Claudiney Batista, um dos maiores nomes do atletismo paralímpico brasileiro, escreveu mais um capítulo em sua vitoriosa carreira ao conquistar o tricampeonato no lançamento do disco F56 durante as Paralimpíadas de 2024, em Paris. Aos 45 anos, o mineiro não apenas garantiu o ouro, mas também quebrou seu próprio recorde na competição, alcançando a impressionante marca de 46,86 metros. A performance consagra Claudiney como um dos principais atletas da modalidade, reforçando seu status de lenda no esporte.

Durante a competição, Claudiney mostrou sua superioridade já na segunda tentativa, quando superou a marca que lhe garantiu o ouro em Tóquio, de 45,59 metros, atingindo 46,45 metros. Na quinta tentativa, ele foi além, estabelecendo o novo recorde paralímpico de 46,86 metros. O pódio foi completado pelo indiano Yogesh Kathuniya, com a prata (42,22 metros), e pelo grego Konstantinos Tzounis, que ficou com o bronze (41,32 metros).

Além do título em Paris, Claudiney também detém o recorde mundial da prova, com 47,37 metros, uma marca que ele pretendia superar nesta edição dos Jogos. Apesar de não ter batido o recorde mundial, o novo recorde paralímpico é uma conquista expressiva e demonstra a consistência do atleta ao longo dos anos.

Acidente de moto em 2005

Claudiney Batista iniciou sua trajetória no esporte paralímpico após um grave acidente de moto em 2005, que resultou na amputação de sua perna esquerda. Antes do acidente, ele era praticante de halterofilismo e, após o ocorrido, foi convidado a conhecer o atletismo, onde se destacou nas provas de campo. A partir daí, sua carreira foi marcada por conquistas significativas, incluindo a prata no lançamento do dardo nos Jogos de Londres em 2012 e os títulos paralímpicos no lançamento do disco nas edições do Rio 2016, Tóquio 2020 e agora Paris 2024. Claudiney é também tricampeão mundial na prova, com mais duas medalhas de prata e dois bronzes em campeonatos mundiais.

No mesmo evento, a paulista Beth Gomes, de 59 anos, conquistou a medalha de prata no arremesso do peso F54, categoria para atletas com menor comprometimento físico-motor. Beth quebrou o recorde mundial da classe F53, mas como competiu na F54, acabou na segunda colocação. Ainda nesta segunda-feira, 2, ela disputa o lançamento do disco F53, prova na qual defende o título paralímpico.

Acompanhe tudo sobre:Jogos ParalímpicosParis (França)Esportes

Mais de Esporte

Jogos de segunda-feira, 2 de setembro, onde assistir ao vivo e horários

Brasil nas Paralimpíadas: veja horários e onde assistir ao vivo nesta segunda-feira, 2 de setembro

Fórmula 1: Leclerc conquista GP da Itália e quebra seca de cinco anos da Ferrari

Mais na Exame