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Xiaomi planeja investir US$ 10 bi para fabricar carros elétricos

Com investimento, empresa de tecnologia quer entrar no crescente mercado de elétricos da China

Xiaomi: chinesa quer fabricar carros elétricos (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)

Xiaomi: chinesa quer fabricar carros elétricos (SOPA Images / Colaborador/Getty Images)

A Xiaomi planeja investir cerca de US$ 10 bilhões na próxima década para fabricar carros elétricos, o que marca sua maior reestruturação até o momento para entrar no crescente mercado de veículos elétricos da China.

O bilionário Lei Jun, cofundador da empresa, vai comandar uma nova divisão independente que investirá inicialmente 10 bilhões de yuans (US$ 1,5 bilhão) na fabricação de veículos inteligentes, disse a empresa em documento regulatório.

A fabricante chinesa de smartphones segue os passos de gigantes de tecnologia como Apple e Huawei Technologies com ambições na indústria automobilística e com a aposta de que os carros do futuro serão cada vez mais autônomos e conectados.

Dependendo dos avanços, a Xiaomi pode investir um total de 100 bilhões de yuans no projeto em apenas três anos, que incluíram financiamento externo, disse uma pessoa a par do assunto à Bloomberg News antes do anúncio. A empresa vai contribuir com cerca de 60% do valor previsto e pretende levantar o restante dos recursos, disse a pessoa, que pediu para não ser identificada.

A Xiaomi é a mais nova sócia de um clube já lotado, onde várias montadoras, desde a gigante Tesla a novatas chinesas como Nio e Xpeng, buscam uma fatia maior di mercado global de veículos elétricos (VEs). A gigante de buscas na Internet Baidu e a Geely Automobile também teriam planos de uma parceria para fabricar carros elétricos. As vendas de VEs na China podem subir mais de 50% só neste ano, à medida que consumidores buscam automóveis menos poluentes e os custos despencam, segundo a empresa de pesquisa Canalys.

A Xiaomi, com sede em Pequim, planeja terceirizar a montagem dos carros, o mesmo modelo usado para seus smartphones, segundo a fonte. A empresa se apoia em fabricantes terceirizados, como a Foxconn Technology, de Taiwan, para produzir seus aparelhos móveis.

No entanto, a empresa não tem planos de escolher montadoras “estabelecidas” como parceiros de fabricação, disse a pessoa. Na semana passada, a Great Wall Motor negou uma informação da Reuters de que planeja ajudar a Xiaomi a fabricar veículos elétricos.

O cofundador da Xiaomi coordenou uma revisão sobre o potencial da indústria de veículos elétricos há vários meses, e a decisão de entrar nesse mercado foi tomada nas últimas semanas, disse outra pessoa a par do assunto. A Xiaomi já contratou engenheiros para trabalhar no software a ser instalado em seus carros, acrescentou a pessoa.

É uma aventura em território desconhecido. A fabricante de smartphones tinha pouco menos de 100 bilhões de yuans de caixa e equivalentes no final de 2020.

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