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Unilever vai usar apenas plástico reciclável e quer restaurar florestas e oceanos até 2025

Metas de sustentabilidade da empresa incluem produtos com menor impacto na natureza e proibição de testes em animais

UNILEVER: a marca quer apenas plásticos recicláveis e interromper testes com animais nos próximos anos como compromissos pela sustentabilidade (Karin Salomão/Exame)

UNILEVER: a marca quer apenas plásticos recicláveis e interromper testes com animais nos próximos anos como compromissos pela sustentabilidade (Karin Salomão/Exame)

A fabricante de bens de consumo Unilever anunciou nesta terça-feira, 9, as metas sustentáveis que irão embasar a atuação da empresa até 2025, como parte do esforço para conter os impactos das mudanças climáticas e atingir a neutralidade de emissões até o final da década.

A empresa anunciou que irá ajudar a proteger e regenerar 1,5 milhão de hectares de terras, florestas e oceanos globalmente até 2030. De acordo com a Unilever, isso representa mais terras do que o necessário para o cultivo de ingredientes encontrados nos produtos de beleza e cuidados pessoais vendidos pela fabricante.

As marcas irão também contribuir com 1 bilhão de euros para o fundo próprio da Unilever para o clima e natureza. O investimento foi anunciado pela companhia no primeiro semestre do ano passado e será usado ao longo dos próximos nove anos em projetos de restauração, reflorestamento, sequestro de carbono, proteção da vida selvagem e preservação da água. A Unilever quer alcançar a neutralidade em emissões até 2039 e ter uma cadeia de suprimentos livre de desmatamento até 2023.

Do ponto de vista da poluição plástica, a Unilever quer que, em quatro anos, apenas material reciclável ou compostável seja usado em suas embalagens em todos os países. Marcas de beleza e cuidados pessoais como Dove, Seda, Lux, Vasenol e Love Beauty and Planet também usarão mais ingredientes naturais e biodegradáveis em suas composições.

A Unilever também vai continuar os programas de proteção animal e quer ser capaz de proibir testes de cosméticos em escala mundial até 2023. Atualmente, 23 das marcas da Unilever são certificadas pela PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, ou Pessoas pelo Tratamento Ético de Animais, na tradução livre) e outras estão em busca da certificação, segundo a empresa.

A preocupação de consumidores por um posicionamento ético fez com que as marcas com propósito apresentassem crescimento duas vezes maior que outras marcas do portfólio no último ano, segundo Juliana Carvalho, diretora da Unilever no Brasil.

A pandemia também tem parcela significativa no desempenho das marcas da Unilever em 2020. Com o consumo acelerado de produtos de higiene pessoal e produtos de limpeza para a casa, Dove, Omo e Cif mostraram crescimento no ano passado, já que as pessoas reforçam medidas sanitárias como uma das principais recomendações para evitar o aumento do contágio do coronavírus.

A Unilever registrou lucro líquido de 5,58 bilhões de euros em 2020, uma ligeira queda quando comparado ao resultado de 5,63 bilhões de euros de  2019.

Novos padrões de beleza
A empresa também afirmou que deixará de usar a definição "normal" em embalagens e em publicidade das marcas de beleza e cuidados pessoais. A ação faz parte dos esforços para atingir a equidade de gênero e promover o bem-estar do público. O objetivo é impactar 1 bilhão de pessoas por ano até 2030.

Outro compromisso será o de não fazer qualquer alteração digital para modificar o tamanho, formato e/ou proporção do corpo e a cor da pele em fotos de anúncios, com o intuito de aumentar cada vez mais a diversidade na propaganda de suas marcas

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