ESG

Patrocínio:

espro_fa64bd

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Tendências de ESG: o que muda para as empresas em 2026

Especialista destaca que o ano será guiado por indicadores financeiros, rastreabilidade e circularidade

Reciclagem (GettyImages)

Reciclagem (GettyImages)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 21 de dezembro de 2025 às 08h00.

*Por Renato Paquet, CEO da Polen 

O ESG viverá uma mudança profunda em 2026. Depois de anos marcado por discursos reputacionais, o tema passa a ser definitivamente medido, auditado e tratado como parte central das estratégias de eficiência e competitividade das empresas.

Isto porque, estamos diante de um ponto de inflexão.

Não existe ESG sem Excel. A era das ações feitas apenas por imagem acabou. Agora, as empresas precisam comprovar impacto, retorno financeiro e eficiência. 

O mundo vive hoje uma pressão inédita sobre matérias-primas, impulsionada pelo crescimento populacional e pela aceleração do consumo.

Enquanto o primeiro bilhão de habitantes levou quase cem anos para ser alcançado, a passagem de 7 para 8 bilhões ocorreu em apenas dez. Essa curva altera a lógica de produção global: a demanda cresce de forma explosiva, mas a oferta de matéria-prima virgem não acompanha o ritmo — e nem conseguirá acompanhar.

O resultado é claro: a indústria não terá insumos suficientes para manter seus níveis atuais de produção se continuar dependente apenas de matéria-prima virgem. Isso gera, por um lado, risco real de ruptura de fornecimento e, por outro, uma escalada no preço dos recursos naturais. É inviável economicamente e ambientalmente.

É nesse contexto que a economia circular deixa de ser um valor ambiental para se tornar uma estratégia financeira.

Reaproveitar, reciclar e reprocessar materiais que já estão em circulação passa a ser o único caminho capaz de garantir estabilidade de produção, menor volatilidade de custos e previsibilidade para a cadeia de suprimentos.

A pressão sobre os chamados recursos ecossistêmicos — matérias-primas ainda na natureza, como minérios, petróleo e madeira — aumentará de forma significativa nos próximos anos. Se continuarmos extraindo no ritmo atual, teremos escassez e perda de competitividade. Circularidade é o que garante continuidade econômica, não apenas impacto ambiental.

A transição exige o “ESG mensurável”: empresas terão de demonstrar, com dados e não mais com narrativas, o retorno de suas iniciativas.

Não se trata apenas de boas práticas ambientais, mas de redução de custos, eficiência operacional, mitigação de riscos e maior estabilidade financeira.

Investidores, conselhos e reguladores já sinalizam essa mudança. A partir de 2026, ações sem comprovação de impacto devem perder espaço — e gerar desconfiança no mercado.

Nesse cenário, tecnologia torna-se indispensável.

A Polen desenvolve soluções de rastreabilidade para circularidade e logística reversa de embalagens que permitem às empresas monitorar o caminho das compensações realizadas, comprovando a destinação correta.

Transparência e dados auditáveis deixam de ser acessórios e se tornam condições básicas para que as companhias sustentem suas decisões estratégicas.

O futuro é circular, rastreável e provado em números.

2026 representa a consolidação dessa nova lógica. Circularidade, antes vista como diferencial, se torna requisito de competitividade. E o discurso que antes girava em torno de reputação dá lugar a uma visão pragmática: sustentabilidade é eficiência, continuidade e desempenho econômico.

Não é mais sobre parecer sustentável — é sobre ser eficiente. As empresas que entenderem isso agora terão vantagem nos próximos anos. As que insistirem em operar como antes enfrentarão custos maiores, riscos maiores e uma pressão de mercado que não permite mais improviso. 

Acompanhe tudo sobre:ESGEconomia CircularClimaMudanças climáticasTendências

Mais de ESG

Belém fez da COP30 a conferência do setor privado

Restaurar a Amazônia pode triplicar o retorno de investimento no primeiro ano

NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS: Os legados de infraestrutura verde da COP30 para Belém

Cabos submarinos e a nova era da transmissão elétrica global