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Tecnologia israelense identifica água contaminada por indústria farmacêutica

A detecção de quantidades minúsculas de piperidina, usada também no setor de alimentos e produção de borracha, é essencial para garantir a água potável e a segurança alimentar

Risco: resíduos dispersados na água são nocivos aos humanos e animais (Getty Images)

Risco: resíduos dispersados na água são nocivos aos humanos e animais (Getty Images)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 16 de abril de 2024 às 07h30.

Última atualização em 16 de abril de 2024 às 13h34.

Medicamentos e contaminantes descartados no lixo comum, sem nenhum cuidado, são uma preocupação crescente em todo o mundo, especialmente em relação à água potável e à segurança alimentar. Um novo estudo realizado por pesquisadores do departamento de química e do Instituto de Nanotecnologia e Materiais Avançados da Universidade Bar-Ilan (BIU), de Israel, publicado recentemente na  revista científica Environmental Science Nano, apontou para o desenvolvimento de um detector de base plasmônica altamente sensível que visa especificamente a detecção de resíduos nocivos de piperidina na água.

A piperidina, uma molécula pequena e potente que serve como base importante nas indústrias farmacêutica e de aditivos alimentares, também é usada como solvente e para produção da borracha.

A piperidina, resultado da reação entre piperina e ácido nítrico, é apontada como um risco significativo à saúde de humanos e animais devido à sua natureza tóxica. A detecção de quantidades minúsculas de piperidina é essencial para garantir a água potável e a segurança alimentar.

Pesquisa

O substrato plasmônico desenvolvido na universidade é composto por cavidades triangulares fresadas em uma fina película de prata e protegidas por uma camada de 5 nanômetros de dióxido de silício. A estrutura resulta em uma sensibilidade ímpar à piperidina, permitindo detectar até mesmo baixas concentrações na água. Com a descoberta, a expectativa é revolucionar o monitoramento ambiental, particularmente no detecção de resíduos farmacêuticos e contaminantes.

Mohamed Hamode, um estudante de doutorado que trabalha com o Dr. Elad Segal, desenvolveu o dispositivo do tamanho de uma moeda de dez centavos usando um microscópio de íons focados para fazer furos de tamanho nanométrico em uma superfície metálica. O estudo representa, segundo os pesquisadores, um avanço significativo no campo do monitoramento ambiental.

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