ESG

Shopper é primeiro supermercado do Brasil a compensar carbono da operação

Com ação, a startup paulista contribuiu para a conservação áreas na Amazônia e amplia sua jornada ESG

Bruna Negrão e Fábio Rodas Blanco, fundadores da Shopper: startup compensou emissões de 2020 e quer ser carbono neutro no futuro (Divulgação/Divulgação)

Bruna Negrão e Fábio Rodas Blanco, fundadores da Shopper: startup compensou emissões de 2020 e quer ser carbono neutro no futuro (Divulgação/Divulgação)

A Shopper, startup dona de um aplicativo com supermercado 100% online, quer direcionar as suas ações para o ESG (ambiental, social e governança), e vai começar pelo viés sustentável. A startup que tem Ramatis Rodrigues, ex-CEO da Via Varejo como sócio e vice-presidente comercial, anunciou que passou a compensar todas as emissões de carbono da operação, tornando-se assim o primeiro supermercado no Brasil a neutralizar o carbono de todo o negócio, de ponta a ponta.

Para isso, a Shopper investiu na compra de crédito de carbono, um ativo que corresponde à regeneração ou preservação de florestas no país. Os créditos beneficiam o projeto REDD+, de conservação florestal no Vale do Jari.

A iniciativa da startup contribui para a conservação de 17.800 metros quadrados na floresta Amazônica, quantidade que equivale a 2,5 campos de futebol e que deve triplicar ainda em 2021. Essa neutralização contou com a consultoria especializada da Biofílica Ambipar Environment, empresa focada em serviços ambientais e na conservação de florestas.

“A Shopper nasceu para melhorar a vida das pessoas, trazendo um jeito mais inteligente de fazer compras de mercado. Nosso modelo sempre foi mais eficiente por definição, porque o cliente não precisa pegar o carro, dirigir até o mercado, gastar horas nos corredores e filas, etc. E também porque a Compra Programada nos permite planejar nossa operação e entregas com antecedência, fazendo rotas mais eficientes e econômicas. Então sempre tivemos uma pegada de carbono ‘reduzida’", diz Fábio Rodas, CEO da Shopper.

Segundo a empresa, a compensação é, além de um avanço sustentável, também um diferencial de mercado. Afinal, grande parte das empresas do setor supermercadista adotam como prática comum a compensação relativa apenas às entregas dos itens aos consumidores. "Na nossa visão, não fizemos mais que obrigação. Todos os supermercados deveriam fazer isso", diz Rodas.

A compensação do carbono emitido faz parte de um conjunto de ações da Shopper que estão ligadas ao compromisso com aspectos ambientais, sociais e de governança (ESG) e que começou nas entregas. No ano passado, a startup passou a testar veículos elétricos nas cidades onde opera. Já do ponto de vista social, a Shopper reforça o atendimento a famílias em situação de pobreza, com doação de alimentos e outros produtos de higiene a partir de uma parceria de longa data com a Cruz Vermelha.

A jornada de crescimento da Shopper

O negócio foi fundado há sete anos pelos empreendedores Bruna Vaz Negrão e Fábio Rodas Blanco. A proposta era solucionar um problema comum aos milhares de brasileiros penalizados pelas incertezas da inflação: a organização das despensas em casa — e com economia.

Para isso, a Shopper oferece um modelo de compras programadas, no qual o consumidor monta sua cesta, seleciona o dia de entrega, finaliza sua compra e passa a receber em casa suas compras todos os meses. A startup não tem atravessadores ou lojas físicas, e comercializa os itens direto dos fabricantes. O que, segundo a empresa, barateia o preço final dos produtos em até 10% comparado a outros supermercados.

No início, a Shopper oferecia pouco mais de 1.000 produtos diferentes. Hoje, o negócio trabalha com 9.000 itens, o equivalente a um supermercado padrão nos grandes centros. Atualmente, a Shopper atende 72 municípios paulistas (incluindo a capital), possui mais de 300.000 pessoas cadastradas na plataforma e emprega mais de 900 pessoas.

Em maio a empresa recebeu um aporte de 120 milhões de reais , valor que deve acelerar ainda mais o crescimento da empresa. A Shopper cresce (em faturamento) cerca de quatro vezes ao ano. Em 2021, a empresa também abriu um novo centro de distribuição e passou a apostar em um novo modelo de negócio de venda de alimentos frescos online.

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