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Saiba as perspectivas do Brasil e do mundo na geração de energia elétrica com eólica offshore

Qual é a aposta mundial para ajudar a atingir as metas climáticas e como o Brasil está se posicionando sobre a situação?

Atualmente, a capacidade instalada de eólicas offshore no mundo é de 75 gigawatts. (imagesourcecurated/envato)

Atualmente, a capacidade instalada de eólicas offshore no mundo é de 75 gigawatts. (imagesourcecurated/envato)

Publicado em 6 de setembro de 2024 às 16h45.

Nos últimos anos, o mundo todo vem tentando responder “onde e como” atuar nas mais variadas frentes para alcançar as metas do Acordo de Paris de reduzir as emissões de CO e atingir a neutralidade de emissões (net zero) até 2050. Na geração de energia elétrica, a tecnologia mais desenvolvida e explorada tem sido a usina eólica no mar (offshore), porque atende ao crescimento de demanda com escala, bom rendimento, baixa emissão e resolve o problema de disponibilidade de espaço físico em terra, algo relevante na Europa.

Atualmente, a capacidade instalada de eólicas offshore no mundo é de 75 gigawatts (GW), conforme dados do Conselho Global de Energia Eólica (GWEC)[1]. Apenas em 2023, 11 GW de novos projetos entraram em operação, representando um crescimento de 24% em relação ao ano anterior.

Até 2033, o GWEC prevê um aumento de 410 GW na capacidade instalada, que é quase o dobro da capacidade instalada atual de todo o parque gerador brasileiro. A maior parte desse crescimento está prevista para ocorrer entre 2029 e 2033.

Construir torres eólicas no mar obviamente não é uma tarefa trivial. Exige equipamentos gigantescos e dedicados, além de uma logística sofisticada, incluindo a instalação de cabos submarinos para transportar a eletricidade gerada até a costa. No entanto, também não é trivial o nosso desafio climático. Nas contas do GWEC, o mundo precisa instalar 380 GW de eólicas offshore até 2030 para ajudar a cumprir a meta do Acordo de Paris de limitar o aumento da temperatura a no máximo 1,5º C acima dos níveis pré-industriais.

Onde o Brasil se encaixa nesse contexto?

Dos 75 GW atualmente instalados no mundo, a China responde por 50%, seguida pelo Reino Unido (20%), Alemanha (11%) e Holanda (6%). O Brasil ainda não figura entre os produtores mundiais de geração eólica offshore, devido a fatores como a abundância de espaço territorial para instalação de outras fontes atualmente mais competitivas, como a eólica terrestre (onshore) e a solar fotovoltaica.

Isso não quer dizer, porém, que não devemos olhar para o futuro, ainda mais considerando que o Brasil tem um potencial de 700 GW de fonte eólica offshore com rendimentos acima da média mundial[2].

Para que seja possível desenvolver essa tecnologia de modo organizado no futuro, é recomendável que as discussões sobre o arcabouço legal e o marco regulatório do setor de eólica offshore sejam consolidadas brevemente, dado o longo prazo de maturação de um projeto dessa natureza.

Assim, com planejamento e previsibilidade sobre quais serão as regras do jogo, a expectativa é que todos saiam ganhando: os investidores e a cadeia de suprimentos terão segurança jurídica e regulatória para tomar suas decisões, que envolvem aportes financeiros significativos, e os consumidores poderão ter acesso a uma energia limpa contratada de forma eficiente e a preços que farão sentido frente às demais alternativas.

[1] https://gwec.net/strong-2023-offshore-wind-growth-as-industry-sets-course-for-record-breaking-decade/

[2] https://www.epe.gov.br/pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/roadmap-eolica-offshore-brasil

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