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Para zerar emissões, Nestlé investe em veículos elétricos e a biometano

A meta é ter 10% da frota brasileira movida a combustíveis renováveis e eletricidade até 2022. Empresa realiza sua reuniçao anual com acionistas nesta quinta-feira

Paul Bulcke, presidente do conselho da Nestlé: empresa irá criar área dedicada à sustentabilidade no conselho de administração (Andre Coelho/Getty Images)
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Rodrigo Caetano

Publicado em 15 de abril de 2021 às 06h00.

Última atualização em 15 de abril de 2021 às 07h38.

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A Nestlé realiza nesta quinta-feira, 15, a sua reunião anual com investidores. O evento contará com discursos do presidente do conselho, Paul Bulcke, e do CEO da companhia, Mark Schneider. Em pauta, além de votações importantes, como a eleição dos conselheiros, estará o plano climático apresentado pela companhia em dezembro do ano passado.

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O plano traz um roteiro de ações para zerar as emissões de carbono até 2050, em linha com a meta definida pelo Acordo de Paris de manter o aumento da temperatura global em 1,5°C. Uma importante mudança será a criação de um comitê exclusivo de sustentabilidade no conselho --  a área era agregada a outro comitê e será separada.

No Brasil, as medidas de redução das emissões envolvem o investimento em mobilidade elétrica. A Nestlé anunciou que irá investir 15 milhões de reais na compra de 100 veículos elétricos ou movidos a biocombustíveis, como GNV e biometano. A iniciativa irá evitar a emissão de 5,7 mil toneladas de CO2 por ano.

Em meio à pandemia, A Nestlé tem conseguido manter bom crescimento nas vendas no ano, sendo que os números do terceiro trimestre de 2020 superaram as expectativas, chegando a 4,9% de crescimento orgânico.

O resultado até aqui foi puxado principalmente pelas vendas de café, produtos com foco em saúde e alimento para pets. A meta da empresa é crescer 3% em vendas orgânicas em 2020, um número conservador, de acordo com analistas. As vendas em 2020 tiveram um crescimento orgânico (indicador que exclui variações cambiais do cálculo) de 3,6%, para um total de 84 bilhões de francos suíços - algo como 93 bilhões de dólares.

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