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Márcia Costa, VP de gestão de pessoas da Aegea: “Buscamos resultados para as comunidades onde operamos” (Leandro Fonseca/Exame)
Editor ESG
Publicado em 11 de junho de 2023 às 18h00.
Última atualização em 13 de junho de 2023 às 15h27.
A Aegea é responsável por garantir os serviços de água e esgoto para 30 milhões de pessoas em 489 municípios, considerando as recentes concessões conquistadas na cidade do Crato e na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará, e a aquisição da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que atende mais de 300 municípios no Rio Grande do Sul. A receita operacional líquida da empresa, no ano passado, atingiu 3,7 bilhões de reais, um crescimento de 25% em relação ao ano anterior. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou 2,5 bilhões de reais, alta de 37% na mesma base de comparação.
Esse resultado foi obtido a partir de uma atuação totalmente alinhada aos preceitos do ESG. “Um contrato de concessão tem a duração de 30 anos. Não é possível entrar nesse mercado sem um olhar para a sustentabilidade”, afirma Radamés Casseb, CEO da Aegea. “Para nós, os indicadores ESG são marcadores de eficiência.” Eficiência que pode ser medida em números. Em 2022, a companhia poupou 20 bilhões de litros de água com investimentos na operação.
A eficiência, no entanto, não é somente financeira. “Buscamos resultados para a comunidade”, afirma Márcia Costa, vice-presidente de gestão de pessoas da Aegea, que recentemente assumiu o comando da área de sustentabilidade. Em 2022, 4.000 professores e 72.000 alunos participaram dos programas educacionais da companhia; mais de 500.000 famílias foram beneficiadas com a Tarifa Social, que concede descontos para a população de baixa renda; e 36 milhões de reais foram investidos em programas de responsabilidade social.
São resultados que se somam aos impactos sociais promovidos pelo próprio negócio da Aegea, o saneamento, um direito fundamental, mas que não é garantido a todos os brasileiros. Apenas três capitais brasileiras contam com 100% da população atendida por abastecimento de água — Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo. Há casos, como o de Porto Velho, em que o percentual não chega a 30%. De maneira geral, o serviço alcança 93,5% da população. Quando se trata de esgotamento, o cenário é pior: apenas 64% dos brasileiros possuem o direito.
Acabar com essa desigualdade é o principal objetivo da Aegea, que estabeleceu a meta de, até 2033, levar água potável e segura para 99% das pessoas que moram nas áreas de concessão da companhia, e coleta de esgoto para 90%. No ano passado, a empresa tratou 527 bilhões de litros de esgoto, um aumento de 131% em relação ao ano anterior. “A água está na base do limite da dignidade; o acesso a ela é fundamental para manter o tecido social”, afirma Casseb.