ESG

ONU lança programa de apoio a projetos de IA voltados a ações climáticas

Produtores de alimentos já usam a tecnologia para prever padrões climáticos, reduzir o uso de água e potencializar os sistemas de energias renováveis

Tecnologia: No Brasil, a IA ajuda a medir os riscos de eventos climáticos no campo (Emiliano Capozoli/Exame)

Tecnologia: No Brasil, a IA ajuda a medir os riscos de eventos climáticos no campo (Emiliano Capozoli/Exame)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 9 de dezembro de 2023 às 10h00.

Durante a COP28, em Dubai, foi lançado neste sábado, 9, o chamado “AI Innovation Grand Challenge”. O objetivo é identificar e apoiar projetos voltados a soluções baseadas em inteligência artificial (IA) para ação climática nos países em desenvolvimento.

A novidade foi anunciada pela Comitê Executivo de Tecnologia de Mudanças Climáticas da ONU (TEC) e a Enterprise Neurosystem, uma comunidade de inteligência artificial de código aberto sem fins lucrativos.

O lançamento fez parte de um evento de alto nível da COP28 organizado pelo Mecanismo de Tecnologia das Alterações Climáticas da ONU em colaboração com a Presidência da COP28.

Simon Stiell, secretário executivo da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC), ressaltou por meio de nota o papel da tecnologia. "Vemos cada vez mais provas de que a IA pode ser um instrumento inestimável na luta contra as alterações climáticas. Embora continuemos atentos aos desafios e riscos associados à IA, o grande desafio da inovação é um passo promissor para aproveitar o poder da IA e capacitar os inovadores nos países em desenvolvimento".

Ministro de Estado para a Inteligência Artificial, Economia Digital e Aplicações de Trabalho Remoto dos Emirados Árabes Unidos, Omar Sultan Al Olama lembrou na mesma nota que o uso da IA como um ativo estratégico para mitigar as alterações climáticas exige a sua integração às políticas e planos nacionais, facilitando a utilização da análise de dados para alinhar as políticas com os dados climáticos em tempo real.

“Estas medidas e políticas não devem ser vistas isoladamente, mas sim como uma iniciativa global unificada, reconhecendo que as alterações climáticas transcendem as fronteiras geográficas e exigem esforços globais concertados", declarou o ministro.

Em países produtores de alimentos, como o Brasil, a IA já é usada para prever padrões climáticos e fenômenos meteorológicos extremos, para melhorar o rendimento das culturas, reduzir a utilização de água e otimizar os sistemas de energias renováveis.

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