ESG

Nescafé lança blockchain para detalhar cadeia sustentável ao consumidor

Nas novas embalagens de Nescafé Origens do Brasil há um QR Code que redireciona o consumidor para a apresentação das famílias cafeicultoras e outros detalhes da jornada de sustentabilidade

Produção da Nescafé na Chapada Diamantina (Nani Rodrigues/ Nescafé/Reprodução)

Produção da Nescafé na Chapada Diamantina (Nani Rodrigues/ Nescafé/Reprodução)

Marina Filippe

Marina Filippe

Publicado em 18 de julho de 2022 às 13h47.

A Nescafé, marca da fabricante de alimentos Nestlé, anuncia a divulgação da rastreabilidade dos produtos para que o consumidor possa, por meio de tecnologia blockchain, conhecer todo o caminho do café, da plantação até a prateleira. Ao fazer isto, a Nescafé se torna a primeira marca da companhia a mostrar informações detalhadas da produção a partir de uma ferramenta disponibilizada no rótulo.

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Nas novas embalagens de Nescafé Origens do Brasil há um QR Code que redireciona o consumidor para a apresentação das famílias cafeicultoras que produzem os três blends de Origens — cada um procedente de um terroir diferente, em Minas Gerais e Bahia. Para isto, foram produzidas fotos, entrevistas e vídeos diretamente das fazendas.

"O Nescafé Origens do Brasil é um produto que carrega em seu DNA a força do café brasileiro e das famílias produtoras. Desde o seu lançamento, em 2019, reunimos um grupo de famílias que topou produzir o café mais sustentável do país. Essa proximidade com os produtores nos ajudou a entender cada história e pessoa envolvida na produção. Esse foi o nosso primeiro insight de que todo aquele repertório precisava ser compartilhado", diz Taissara Martins, gerente de ESG de Cafés e Bebidas da Nestlé.

Cadeia do café

Segundo a executiva, uma premissa foi garantir que, além de histórias, dados técnicos estivessem na ferramenta desenvolvida a partir de março de 2021. "Desde lá fomos aprimorando não só a ferramenta, mas também treinando todas as partes da cadeia que agora inserem os dados de forma independente", diz.

Cada parte da cadeia tem a autonomia de colocar os dados referentes à sua etapa. "É essa independência que traz a confiabilidade, pois a informação deixa de ser reportada por apenas uma parte que reunia tudo, e passa a ser reportada por cada ator da cadeia, trazendo mais segurança e detalhes", afirma Martins. O cruzamento de dados também visa favorecer a cadeia de fornecedores para melhorias na produção.

Além disso, com a visibilidade, a Nescafé espera ajudar a mudar os processos produtivos ao levantar, mais uma vez, a pauta da sustentabilidade. "Tendo em vista a capacidade que a nossa agricultura tem de ser uma grande aliada na descarbonização, trazer foco à produção da matéria prima também ajuda a transformar a forma como os alimentos são produzidos, e ensinar sobre todos os lados da história, incluindo dificuldades, limitantes e novas possibilidades", afirma. Hoje, as 35 famílias que fornecem café para a linha Nescafé Origens do Brasil são de fazendas que aplicam práticas de agricultura regenerativa e já apresentam uma produção de baixo carbono.

A linha Nescafé Origens do Brasil foi a primeira a estrear no segmento torrado e moído para coar e na categoria do café especial de alta qualidade, após 80 anos de foco em solúvel. E, desde 2011, o programa Cultivado com Respeito, criado pela Nescafé, busca definir caminhos e processos para assegurar condições de trabalho e pagamento éticas à mão de obra envolvida e acelerar a transição da agricultura para o modelo regenerativo — que não só preserva, como beneficia o meio ambiente.

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