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NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS: Epson aposta em inovação para descarbonizar a cadeia de valor

À EXAME, diretor da companhia descreve a tecnologia "livre de calor" que reduz em 86% o consumo de energia e em 53% os resíduos sólidos em comparação a impressoras a tradicionais

Glauco Ferreira, diretor executivo da Epson, a direita:  "Quando falamos em uma solução sustentável que leva para os parceiros uma redução de custo, é uma combinação muito impactante" (Eduardo Frazão/Exame)

Glauco Ferreira, diretor executivo da Epson, a direita: "Quando falamos em uma solução sustentável que leva para os parceiros uma redução de custo, é uma combinação muito impactante" (Eduardo Frazão/Exame)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 5 de dezembro de 2025 às 17h40.

Última atualização em 5 de dezembro de 2025 às 17h45.

Você sabia que os cartuchos de toner utilizados nas impressoras a laser liberam anualmente o equivalente a 246 bilhões de canudos plásticos no meio ambiente? Ou, em outras medidas, 20 bilhões de sacolas plásticas ou 5 bilhões de garrafas PET.

A conta é simples, mas surpreendente e quase ninguém sabe: o processo tradicional de impressões funciona como um forno que precisa derreter um pó plástico dentro do toner para criar a imagem no papel. 

É justamente para combater esse impacto que a Epson, gigante japonesa de soluções tecnológicas, desenvolveu uma alternativa mais sustentável.

A tecnologia "heat free" (livre de calor) elimina completamente a necessidade de toner e opera com tinta e sem plástico, levando a uma redução de 86% no consumo de energia elétrica e 53% em resíduos sólidos.

Em entrevista à EXAME no videocast NEGÓCIOS SUSTENTÁVEIS, o diretor Glauco Ferreira reforça que o benefício vai além do ambiental.

"Sabemos que as empresas precisam respeitar o meio ambiente, mas elas também precisam gerar resultado. Quando falamos de uma solução sustentável que leva para os parceiros uma redução de custo, é uma combinação muito impactante", disse.

O case da Petrobras ilustra o impacto: a economia projetada ficou em mais de R$ 100 mil por mês.

Além da economia, a inovação da Epson também diminui drasticamente a necessidade de manutenção, visitas técnicas e deslocamentos — reduzindo, por consequência, o consumo de combustível e as emissões associadas. “No final, todo mundo ganha”, resume Glauco, ao destacar como esta é essencial para descarbonizar toda a cadeia de valor da companhia.

Einstein e Rede D'Or são exemplos que já adotaram a tecnologia, após testarem e comprovarem os benefícios.

Escute o bate-papo na íntegra no Youtube da EXAME:
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Estratégia ESG da Epson

A estratégia ESG da Epson não é de hoje: o compromisso ambiental está enraizado na cultura da companhia desde os anos 1940.

"Logo quando foi fundada, em uma cidade no interior do Japão, havia um lago na região e a empresa se comprometeu a cuidar dele por toda sua história", contou Glauco.

Para o executivo, já demonstra um diferencial: naquela época, o setor privado não falava da importância da sustentabilidade e isto apareceu de antemão na cultura da Epson.

Em 2004, a Epson ingressou no Pacto Global da ONU, assumindo 150 iniciativas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Ao longo da jornada, uma das conquistas foi a transição para 100% de energia renovável em 2024.

Entre os desafios futuros está ampliar o uso de materiais reciclados, seguindo a filosofia da eficiência, compacidade e precisão.

"É sobre como gerar menos resíduos e reduzir o impacto. Estamos constantemente pensando em novas soluções, hardwares cada vez mais compactos", disse o diretor.

As metas seguem ambiciosas: redução de emissões de gases de efeito estufa até 2030 e, para 2050, eliminar o uso de recursos subterrâneos como petróleo e metais.

Urgência climática e ação concreta

Segundo Glauco, eventos climáticos extremos reforçam a urgência da agenda climática. 

Sobre os custos da inação, é direto: "Além de você não ter gerado esses benefícios, você piora. Porque você teve que gastar recursos para corrigir algo que foi causado por um cuidado não praticado antes", frisou.

O reconhecimento veio na COP30, em Belém, onde a Epson foi fornecedora oficial de impressoras do evento que alcançou neutralidade de carbono.

"Quando nós soubemos da COP no Brasil, brilhou os nossos olhos, porque imediatamente sabíamos que não seria possível escolher outra tecnologia se não a nossa", admitiu Glauco.

A mensagem final do executivo é clara e passa pela implementação: "Se esse movimento de conscientização não se concretizar em ações reais e perpetuação, não vai dar tempo para cuidar do nosso planeta", concluiu.

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