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#NãoVolte: o agronegócio moderno é eficiente e responsável, diz Santander

A adoção de novas tecnologias facilita o acesso a crédito e amplia a lucratividade, afirma Karine Bueno, líder de sustentabilidade do banco

No Brasil, onde o agronegócio é responsável por um em cada três empregos, qualquer incremento de produtividade impacta o desempenho da economia, diz Karine Bueno, do Santander (Cristiano Mariz/Exame)
RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 28 de dezembro de 2020 às 09h41.

Última atualização em 28 de dezembro de 2020 às 12h02.

Uma das boas notícias deste ano desafiado rfoi o amplo reconhecimento de que as preocupações com o meio ambiente e com a sociedade não são um modismo passageiro ou uma plataforma de marketing, mas algo fundamental para garantir o futuro de todos nós. Isso se aplica para empresas de todos os setores, mas é especialmente verdadeiro para o agronegócio, que tem um vasto campo para modernizações e ganhos de produção, com inclusão social e onde a preservação ambiental emerge como um ativo poderoso.

O estudo recente “ Uma Nova Economia Para uma Nova Era: Elementos para a Construção de uma Economia mais Eficiente e Resiliente para o Brasil”, coordenado pelas organizações WRI e The New Climate Economy , aponta exatamente nesta direção. Ao integrar a sustentabilidade como uma política transversal no planejamento e implementação de decisões de investimento, o Brasil pode se beneficiar das tendências dos mercados financeiros e ampliar o acesso ao financiamento privado para soluções que tragam consigo maior impacto positivo.

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Vivemos hoje uma realidade irreversível: o acesso ao crédito será cada vez mais fácil e barato para empresas que levam a sério e adotam práticas aderentes aos princípios ESG (ambiental, social e de governança, em português).

No agronegócio, somar esforços para potencializar oportunidades sustentáveis e mitigar riscos socioambientais é imperativo para toda a cadeia produtiva, do campo à mesa e isso passa também pelos agentes do sistema financeiro.

Ou seja, a adoção de novas tecnologias e melhores práticas é capaz de ampliar a produtividade, facilitar o acesso ao crédito e a mercados e, por consequência, aumentar a lucratividade de todo o setor.

Em um país como o Brasil, onde o agronegócio é responsável por um em cada três empregos e por cerca de 22% do PIB nacional, segundo dados de 2019 do Cepea/Esalq/USP (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), qualquer incremento de produtividade impacta de forma relevante o desempenho da economia do país.

Mas para que esses saltos de produtividade venham acompanhados das melhores práticas ESG, é fundamental que exista disponibilidade de recursos financeiros e técnicos, além de segurança jurídica, ligada principalmente ao tema de regularização fundiária e ao cumprimento do Código Florestal.

É fundamental incentivar as boas práticas - estimulando agricultores que investem em práticas sustentáveis, criando mecanismos que incentivem o aprimoramento tecnológico, capacitem a força de trabalho e, dessa maneira, reduzam os riscos tanto do negócio quanto de quem forneceu o recurso financeiro.

O Santander, por exemplo, atua fortemente para facilitar e articular essas medidas e apoiar o desenvolvimento do o agronegócio responsável, eficiente e produtivo. Entre outras medidas, o banco foi pioneiro na comercialização de CBIOs, é líder nos repasses do Plano ABC (Agricultura de Baixo Carbono), financia projetos de energia renovável e oferece condições diferenciadas para produtores rurais tornarem seus negócios mais modernos e sustentáveis. Tudo isso com transparência e monitoramento permanente.

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Do lado ambiental, aumentar a produtividade sem desmatamento não é apenas possível, mas economicamente eficiente. Segundo o estudo da WRI, “entre as oportunidades, destacam-se: recuperação de pastagens e intensificação da agropecuária; redução de perda e desperdício de alimentos; eliminação de desmatamento e degradação florestal; restauração e reflorestamento de áreas e florestas degradadas; e redução de emissões e remoção de GEE – uma importante vantagem no contexto de criação de um mercado de carbono e uma métrica para analistas de risco”. Na prática, as empresas do setor agropecuário devem direcionar seus investimentos para modelos de negócio mais eficientes, sempre aliados com o aumento de produtividade e preservação dos recursos naturais.

Essa é a base para a construção de um setor ainda mais conectado com os desafios globais e que tem mercados cada vez mais exigentes. Esta evolução tem o potencial de alavancar o desenvolvimento econômico em muitas regiões do país, gerando postos de trabalho mais qualificados e diversificados, e impactando positivamente na redução das desigualdades.

Neste caminho, a Rede Brasileira do Pacto Global, por meio da Plataforma Ação pelo Agro Sustentável, conta atualmente com mais de 100 organizações que articulam estes atores em iniciativas que fomentam o avanço em seus modelos de gestão para a sustentabilidade, assim como a disseminação em suas cadeias de valor e a promoção dos temas mais relevantes dessa agenda.

Para alcançar escala, essas iniciativas dependem da união e da colaboração entre agentes públicos e privados. Só assim ampliamos impactos positivos socioambientais e econômicos para construir a sociedade – e o futuro – que queremos.

Karine Bueno, head de Sustentabilidade do Santander Brasil e conselheira do Board da Rede Brasil do Pacto Global

Mônica Melo Alcântara, Head de Sustentabilidade da Atvos Agroindustrial e coordenadora da plataforma Ação pelo Agro Sustentável da Rede Brasil do Pacto Global

#NãoVolte

A campanha #NãoVolte é uma iniciativa da Rede Brasil do Pacto Global para que o mundo não volte ao normal após a pandemia. Para saber mais, acesse este link e assista ao vídeo:

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