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Marcos Jank se une a startup que fatura com a proteção à Amazônia

Coordenador do Insper Agro Global entra para o conselho da Agrotools, que cresceu 60% em 2020 com a preocupação mundial com a floresta

Equipe da Agrotools: a startup conseguiu crescer 60% no segundo trimestre de 2020 em relação ao mesmo período do ano passado (Agrotools/Divulgação)
RC

Rodrigo Caetano

Publicado em 24 de janeiro de 2021 às 09h48.

Com o meio ambiente e a proteção à Amazônia em pauta, a startup brasileira Agrotools viu seus negócios darem um salto em 2020. A empresa, especializada na digitalização de dados do campo, cresceu 60% no segundo trimestre do ano passado. Isso porque, além de munir produtores com informações sobre como está se comportando o campo, ela oferece uma nálise do comportamento de uso das terras, o que permite verificar a origem das commodities agrícolas – por exemplo, se foram produzidas em área de desmatamento.

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A partir dessas perspectivas, a startup vem atraindo nomes de peso para seu conselho. O corpo de especialistas já conta com Rodrigo Kede, líder executivo da Microsoft na América Latina e ex-líder da IBM na América do Norte; Pedro Paulo de Campos, sócio-fundador do Pátria Investimentos e executivo do JP Morgan e da GE Capital; e Renato Ramalho, CEO da KPTL, maior gestora de venture capital brasileira, com 1 bilhão de reais em carteira. Agora, esse time passa a contar com Marcos Jank, coordenador do centro Insper Agro Global , um dos mais respeitados think thanks do país.

O que atraiu Jank para a startup foi a capacidade de oferecer soluções que promovam a sustentabilidade no campo. “A Agrotools está desenvolvendo tecnologias que serão extremamente úteis para as grandes pautas que o agronegócios terá de enfrentar nos próximos anos, particularmente nos temas de sustentabilidade e mudanças do clima”, afirmou Jank.

Grandes redes já utilizam os serviços da startup, entre elas McDonald’s, Walmart e Carrefour. Ao todo, são mais de 120 clientes e cerca de 200 milhões de hectares monitorados. Um terço das receitas da startup vem da exportação de produtos, o que ajuda em um momento de desvalorização do real frente ao dólar. Hoje, além do Brasil, a companhia opera na Austrália, no Paraguai e na Argentina. “Estou convencido de que a inovação vem da adversidade. Como temos muita no Brasil, nossas soluções estão muito na frente de outros países”, afirma Sergio Rocha, fundador da Startup.

Em abril, para acelerar o crescimento, a companhia recebeu um investimento de valor não divulgado da gestora KPTL. Nos próximos meses, a meta é fazer uma nova rodada de captação de recursos para, possivelmente, adquirir outras empresas do mercado de tecnologia agrícola.

A empresa hoje tem 100 funcionários, todos trabalhando remotamente desde o começo da pandemia. “Somente nos primeiros seis meses deste ano vendemos, em novos contratos, o equivalente a 70% do faturamento total do ano anterior. Até o final do ano, pretendemos vender mais de 200% do faturamento do ano anterior”, diz Rocha.

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