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Mais da metade dos brasileiros não conseguem conciliar trabalho e vida pessoal, aponta Deloitte

Segundo o estudo, as mudanças climáticas geram ansiedade e preocupações para os millennials e a geração Z

Geração Z Millennials (Getty Images/Reprodução)

Geração Z Millennials (Getty Images/Reprodução)

Fernanda Bastos
Fernanda Bastos

Repórter de ESG

Publicado em 3 de junho de 2023 às 10h00.

Última atualização em 5 de junho de 2023 às 17h52.

Menos da metade dos millennials e dos integrantes da geração Z se dizem satisfeitos com o equilíbrio entre as rotinas de trabalho e vida pessoal (46% e 47%). Embora o número da insatisfação brasileira seja maior que a metade na pesquisa, o Brasil ainda conta com uma média maior que as médias mundiais para os dois grupos (31% e 34%, respectivamente), é o que diz a pesquisa Gen Z and Millennial Survey da Deloitte.   

O Brasil ainda permanece à frente da média global quando o assunto é impacto positivo das organizações na sociedade. Segundo os dados, 70% dos millennials entrevistados e 68% da geração Z compartilham essa noção. Já as médias globais são de 44% e 48%, respectivamente. Porém, apenas 24% das duas gerações acreditam que as organizações estão adotando medidas protetivas para o meio ambiente. 

A questão ética aparece em mais dois dados: quando no Brasil, a pesquisa afirma que 35% dos millennials e 31% da geração Z dizem ter rejeitado uma tarefa ou um empregador com base em ética ou crenças pessoais (contra 34% e 39% globalmente). A segunda questão diz sobre os índices de satisfação com relação a ações de diversidade, equidade e inclusão (DE&I)  dos empregadores, que no Brasil é de 38% para os millennials e 40% para geração Z. 

Mudanças climáticas são fatores de preocupação

De acordo com o levantamento, há uma preocupação crescente das duas gerações pesquisadas sobre as mudanças climáticas e seus impactos nas escolhas de estilo de vida e carreira, por exemplo. Um exemplo disso é que – no Brasil – 73% dos millennials e 69% dos respondentes da geração Z afirmam sentir preocupação ou ansiedade sobre as mudanças climáticas no último mês. Preocupações essas que têm moldado os hábitos de consumo dessas gerações, que já não estão tão suscetíveis ao fast fashion, por exemplo. Optando por alternativas mais sustentáveis e eficientes.     

A pesquisa ainda diz que 57% dos millennials e 54% da geração Z estão pressionando as marcas empregadoras para terem medidas sobre mudanças climáticas. Mas menos da metade dos brasileiros (47% e 49%, respectivamente) acreditam que os empregadores deixaram de priorizar estratégias climáticas por conta da pandemia e de fatores como a inflação. Mesmo com esse espaço para melhora, 61% dos millennials e 56% dos entrevistados da geração Z disseram que os empregadores estão oferecendo treinamento para saberem lidar com a transição econômica de baixo carbono.  

Investimentos em educação e treinamento 

O estudo ainda perguntou aos entrevistados quais deveriam ser os investimentos empresariais para combater as mudanças climáticas e os respondentes brasileiros levantaram os seguintes pontos: educação e treinamento sobre como ser mais sustentável (35% dos millennials e 30% da geração Z), proibição ou redução de plástico de uso único (29% para ambas as gerações), implementação de esforços mais amplos para reduzir suas próprias emissões (26% para ambas as gerações), inclusão do desempenho em sustentabilidade como critério para selecionar fornecedores (22% dos millennials e 25% dos  geração Z) e fornecimento de de opções mais sustentáveis aos funcionários (27% dos millennials e 24% da geração Z).

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