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Leilão de transmissão mantém tendência de forte competição

Deságio médio de 48,9% reforça competitividade e estabilidade de modelo de licitações do setor

Linhas de transmissão: expansão e reforço da rede elétrica em diversas regiões do Brasil. (chuyu2014 / Envato)

Publicado em 30 de setembro de 2024 às 14h00.

O segundo leilão de linhas de transmissão de 2024, realizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), nesta sexta-feira, 27 de setembro, manteve a tendência observada nos últimos certames, com deságios expressivos, tendo como vencedores empresas com experiência no setor e participação de fundos de investimentos. O deságio médio de 48,9% obtido nesta licitação reforça a competitividade e a estabilidade do modelo de leilões de transmissão do país.

Foram ofertados três lotes somando 783 km de extensão, distribuídos em seis estados (Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, São Paulo e Santa Catarina), além da relicitação de 162,9 km de linhas de transmissão, totalizando investimentos previstos de R$ 3,35 bilhões. Devido ao deságio relevante, a receita anual permitida (RAP) dos lotes negociados totalizou R$ 282,5 milhões, ante os cerca de R$ 550 milhões previstos no edital.

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Diferentemente dos últimos leilões, voltados principalmente para proporcionar a expansão da rede de transmissão para o escoamento da geração de energia renovável, a licitação desta sexta-feira teve como característica principal ofertar lotes destinados à ampliação do atendimento da carga nas Regiões Sul e Sudeste, reforçando a infraestrutura de suprimento de energia elétrica.

Este também foi o primeiro leilão a relicitar um empreendimento de transmissão de energia existente após o término de sua concessão, conforme o decreto nº 11.314, de dezembro de 2022. A Aneel adotou uma medida interessante, ao anexar, no mesmo lote, o ativo existente a um grupo de novos investimentos, aproveitando a sinergia identificada entre esses empreendimentos.

Este foi o quarto leilão de um ciclo que começou em 2023. Todos os certames deste ciclo foram marcados por forte competitividade, tendo todos os lotes licitados. Para o futuro, o Ministério de Minas e Energia já sinalizou com três novos leilões, previstos para outubro de 2025, e abril e outubro de 2026.

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