Apoio:
Parceiro institucional:
Equidade Racial é fundamental em empresas com base ESG (FG Trade/Getty Images)
Repórter de ESG
Publicado em 1 de novembro de 2024 às 11h54.
Última atualização em 1 de novembro de 2024 às 12h14.
Voltado para organizações, coletivos e projetos sociais sem fins lucrativos liderados por pessoas negras no Brasil, o programa Impacto Black anunciou as dez instituições vencedoras que irão receber um aporte de R$ 100 mil cada uma para impulsionar a agenda de equidade racial no Brasil. Para participar, também era preciso ter uma diretoria composta por pelo menos 50% de pretos e pardos.
A iniciativa é fruto de uma parceria da Fundação PepsiCo, frente filantrópica da PepsiCo, a marca Doritos® e o Instituto Feira Preta, e deve beneficiar cerca de 3 mil pessoas em sete estados brasileiros e no Distrito Federal. As ações de impacto e transformação social têm como foco as áreas de agroecologia, capacitação, cidadania, cultura, educação, empreendedorismo, geração de emprego e renda, saúde e segurança alimentar.
Em comunicado, a PepsiCo destacou que um dos objetivos é impulsionar o desenvolvimento socioeconômico, qualidade de vida e bem-estar de pessoas em situação de vulnerabilidade social no país, além de valorizar a cultura das populações negras, indígenas e quilombolas.
"Queremos atuar na diminuição da lacuna de oportunidades a partir da lente de quem mais entende do assunto: lideranças negras que conhecem as necessidades dos públicos que atendem e realmente fazem a diferença em suas regiões”, disse Cecilia Dias, vice-presidente de Marketing da PepsiCo Brasil e Latam.
Desde 2017, a marca Doritos apoia a causa da diversidade, equidade e inclusão, com uma série de investimentos voltados para o impacto social que já somam mais de R$ 4 milhões. Desde 2021, a PepsiCo Brasil também é patrocinadora do Instituto Feira Preta.
Todas as dez organizações selecionadas têm uma atuação significativa em comunidades carentes, promovendo a criação de iniciativas de prosperidade econômica, combate à fome e práticas de agricultura urbana ou regenerativa, destacou o presidente da Fundação PepsiCo e Head Global de Impacto Social na PepsiCo, C.D. Glin.
Nos próximos seis meses, as lideranças vencedoras devem participar de um programa de aceleração desenvolvido pelo Instituto Feira Preta, o Afrolab, e passar por uma série de etapas de idealização do projeto: imersões, mentorias, elaboração de um plano de ação, potencialização e desenvolvimento das ações, além de monitoramento da aplicação do recurso, das execuções e resultados.
Ao longo do próximo ano, também serão capacitadas em temas como governança, gestão de pessoas e desenvolvimento de líderes, estratégias de comunicação, mobilização de investimentos, transformação digital e gestão financeira.
Entre as ações a serem desenvolvidas, estão a capacitação profissional, ampliação de cozinha comunitária, democratização do acesso à internet, inclusão digital, cursos específicos de tecnologia para aumento da empregabilidade de jovens de regiões periféricas, fomento à agricultura familiar, oficinas e formações para mulheres micro e nanoempreendedoras, etnoturismo, e outras.
Associação Rede Elas Negras Conexões, Santo Amaro/Cachoeira, Bahia – Combate ao racismo, violências de gênero e redução das desigualdades por meio de capacitação profissional, geração de renda, preservação ambiental e segurança alimentar.
Associação de Defesa dos Povos e Comunidades Tradicionais Afro-Indígenas do Caxuté, Valença, Bahia – Cozinha comunitária e ações nos pilares de educação, cultura, saúde e alimentação.
Edumi Associação Formativa Social, Brasília, Distrito Federal – Capacitação e desenvolvimento pessoal e profissional em tecnologia para jovens de 15 a 29 anos.
Associação Coletiva Mulheres da Quebrada, Belo Horizonte, Minas Gerais – Ações de capacitação profissional e empreendedorismo para pessoas de baixa renda, além de distribuição de cestas básicas ou vale-gás.
Cooperativa dos Agricultores e Agricultoras Familiares de Salvaterra, Salvaterra, Pará – Apoio a produtores cooperados com capacitação e aquisição de equipamentos e tecnologias para reduzir perdas pós-colheita.
Associação de Educação, Arte, Cultura e Agroecologia Sítio Ágatha Estatuto Social, Tracunhaém e Lima, Pernambuco – Fomento à agricultura familiar agroecológica, feminista e negra, com apoio em infraestrutura e processos.
Instituto Josefinas Produções Culturais e Sociais, Rio de Janeiro – Investimento em infraestrutura, com ampliação de vagas para oficinas de escrita, artesanato e letramentos para mulheres nano e microempreendedoras.
Instituto da Hora, Rio de Janeiro – Programas de inclusão digital e habilidades tecnológicas para jovens de 15 a 25 anos de regiões periféricas, visando uma maior empregabilidade.
Associação da Comunidade Remanescente de Quilombo Aldeia, Garopaba e Imbituba, Santa Catarina – Capacitação em empreendedorismo, fortalecimento da identidade quilombola e desenvolvimento de etnoturismo para famílias com renda de até três salários mínimos.
Associação Mural Agência de Jornalismo das Periferias, São Paulo – Treinamentos, workshops, mentoria e incubação de novas ideias para jovens comunicadores das periferias da capital paulista.