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Hemisfério Norte teve o verão de 2023 mais quente em 2.000 anos

Pesquisadores utilizaram dados dos troncos de árvores para estimar as temperaturas antes de serem registradas por instrumentos de medição, entre os anos 1 e 1850

Fósseis: liberação dos gases de efeito estufa contribui com a alta da temperatura (Bruna Martins/Reprodução/Reprodução)

Fósseis: liberação dos gases de efeito estufa contribui com a alta da temperatura (Bruna Martins/Reprodução/Reprodução)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 14 de maio de 2024 às 16h53.

Última atualização em 14 de maio de 2024 às 17h01.

O verão do ano passado foi o "mais quente no Hemisfério Norte extratropical dos últimos 2.000 anos", de acordo com um estudo publicado na revista Nature nesta terça-feira, 14.

"Não é surpreendente", declarou à AFP Jan Esper, professor de climatologia da Universidade Gutenberg em Mainz, Alemanha, e principal autor do estudo. "É a continuação do que começamos a liberar de gases de efeito estufa (GEE)", com o uso de combustíveis fósseis desde o período industrial, explicou.

Os cientistas utilizaram dados dos troncos de árvores para estimar as temperaturas antes de serem registradas por instrumentos de medição, ou seja, entre os anos 1 e 1850.

A análise dos anéis de crescimento permite reconstituir com precisão as condições climáticas antigas, segundo uma disciplina denominada dendrocronologia. Concluiu-se que o verão de 2023 foi pelo menos meio grau mais quente que a mesma estação no ano 246, o pior deste período antes da adoção de leituras instrumentais.

Este valor leva em conta uma certa margem de incerteza sobre os dados anteriores. Sem ele, o verão de 2023 seria ainda 1,19 ºC mais quente que o de 246.

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