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Grupo CCR investe em eletrificação da frota e mira neutralidade em carbono até 2035

Além de apostar em veículos elétricos, a companhia de infraestrutura de mobilidade, expandiu o uso de biocombustíveis como o etanol para reduzir emissões

A primeira frota elétrica da CCR começa a circular no Sistema Anhanguera-Bandeirantes, um dos principais corredores rodoviário do Brasil (Mauricio Simonetti/Pulsar)

A primeira frota elétrica da CCR começa a circular no Sistema Anhanguera-Bandeirantes, um dos principais corredores rodoviário do Brasil (Mauricio Simonetti/Pulsar)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 16 de janeiro de 2025 às 12h33.

Última atualização em 16 de janeiro de 2025 às 12h35.

O Grupo CCR, companhia de infraestrutura de mobilidade brasileira, deu início a um projeto de eletrificação de sua frota operacional nesta quinta-feira (16), com o uso de veículos híbridos e 100% elétricos utilizados na manutenção e segurança das 3,6 mil km de rodovias sob sua gestão.

A ação, parte da estratégia do negócio em conquistar a neutralidade de carbono até 2035, é um passo para reduzir suas emissões nas operações em rodovias, aeroportos e mobilidade urbana. Sua meta atual é reduzir 59% das emissões nos escopos 1 e 2 e 27% no escopo 3 nos próximos oito anos. Em 2024, incluiu a ação de compra de créditos de carbono para compensar 67 mil toneladas de CO2.

Keller Rodrigues, gerente executivo de operações da CCR Rodovias, disse à EXAME que o projeto materializa o compromisso em liderar a agenda de sustentabilidade no setor de transporte. "Mais do que cumprir metas, estamos transformando operações para serem climaticamente resilientes, promovendo impactos positivos nas comunidades onde atuamos". 

Nesta primeira fase, um dos principais corredores rodoviários de São Paulo, o "CCR AutoBAn", recebeu três veículos elétricos para circularem no Sistema Anhanguera-Bandeirantes: um guincho leve, um veículo de inspeção de tráfego e uma viatura de resgate, todos da marca JAC Motors. A frota opera na base do km 14 sul da Via Anhanguera (SP-330) e marca a primeira rodovia brasileira operando de forma 100% elétrica.

Entre os principais parceiros do projeto, estão as montadoras JAC Motors, Ford e BYD. 

Além da eletrificação, a companhia tem como meta abastecer todos seus veículos com biocombustíveis até 2025. Ao final de 2024, 91,04% da frota leve já era movida a etanol. Segundo Keller, a expansão de elétricos tem como foco os mais pesados, como guinchos e ambulâncias, já que nestes os biocombustíveis não são os mais eficientes do ponto de vista ambiental. 

"Queremos desempenhar um papel de estimular o ecossistema de mobilidade elétrica no Brasil, consolidando a empresa como catalisadora da transição para uma economia de baixo carbono e criando valor sustentável para todos os seus stakeholders", destacou. 

Pegada de carbono

A substituição por elétricos deve reduzir as emissões em 70 toneladas de CO₂ por ano na frota operacional. Mirando o futuro, a CCR pretende que 82% de seus guinchos leves sejam eletrificados até 2033, dentro de um plano que inclui 349 veículos.

Ainda em 2025, outros 10 veículos elétricos serão adicionados à operação, com reduções estimadas de 3,6 toneladas de CO₂ por cada um -- ao longo de seus aproximadamente quatro anos de vida útil. A expansão da eletrificação inclui guinchos na CCR AutoBAn, CCR RodoAnel, CCR ViaCosteira e CCR ViaSul.

Além da redução das emissões, os veículos modernos e menos ruidosos contribuem para que os profissionais da CCR tenham melhores condições para desempenharem suas funções no dia a dia, complementou Keller.  

Expansão para aeroportos

A eletrificação avança também em outras operações da CCR. Em Curitiba, o Aeroporto Internacional iniciou testes com ônibus elétricos da BYD, modelo D9W, que será incorporado definitivamente em 2025. Em Salvador, a CCR Metrô Bahia recebeu ônibus elétricos para o serviço de shuttle, substituindo modelos a diesel e reduzindo o consumo de 8,5 mil litros de combustível fóssil por mês.

Em Belo Horizonte, o Aeroporto Internacional adquiriu quatro veículos elétricos para fiscalização em pátios e pistas, eliminando emissões de 30 toneladas de CO₂ ao ano.

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