Greta Thunberg e jovens do mundo todo fazem protesto na COP26 nesta sexta-feira (JONATHAN NACKSTRAND / Colaborador/Getty Images)
AFP
Publicado em 11 de dezembro de 2020 às 11h49.
No quinto aniversário do Acordo de Paris sobre o clima, a ativista sueca Greta Thunberg criticou nesta sexta-feira (11) as "metas hipotéticas e distantes" e as "promessas vazias", reiterando seu apelo a uma ação imediata por ocasião de um dia de ação de seu movimento Fridays for Future.
Desde a assinatura do acordo em 12 de dezembro de 2015, "muitas coisas aconteceram, mas a ação necessária ainda não é visível no horizonte. Continuamos na direção errada", explica a adolescente de 17 anos em um vídeo de três minutos publicado nas redes sociais.
"Estabelecem metas distantes e hipotéticas, pronunciam grandes discursos, mas, quando se trata da ação imediata que precisamos, estamos sempre na negação completa e perdemos tempo com novas escapatórias, palavras vazias e contabilidade criativa", acusa a jovem militante.
Os 27 países-membros da União Europeia (UE) decidiram nesta sexta-feira aumentar sua meta de redução dos gases de efeito estufa para 2030, com uma meta de "ao menos 55%" em relação ao nível de 1990, contra os 40% até agora.
Apesar do compromisso assinado em Paris para limitar o aquecimento abaixo dos 2ºC e, se possível, 1,5ºC em comparação com a era pré-industrial, o mundo continua avançando para 3ºC, alertou a ONU, por sua vez, na quarta-feira (9).
A ONU destacou que a redução das emissões dos gases causadores do efeito estufa, devido à pandemia de covid-19, terá um efeito "insignificante".
O movimento exige que a meta de 1,5ºC seja a única escolhida, considerando-a "não negociável".