Governos apresentam soluções para combater o lixo no mar
Na Conferência dos Oceanos, representantes do Canadá, Reino Unido e Portugal apresentaram ações práticas para o fim do plástico e outros resíduos nos mares, além de convidar iniciativas privadas para contribuírem
Marina Filippe
Publicado em 29 de junho de 2022 às 09h16.
Última atualização em 29 de junho de 2022 às 09h16.
*De Lisboa, Portugal.
As parcerias público-privadas para soluções contra poluição marinha foi tema de um debate na Conferência dos Oceanos, em Lisboa, na manhã desta quarta-feira, 29. Na ocasião, representantes de governos apresentaram soluções já em andamento, além de propor parcerias.
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OMinistro do Pacífico e do Meio Ambiente Internacional no Reino Unido, Lord Goldsmith, reforçou a importância do cumprimento do acordo internacional pelo fim da poluição plástica, que se baseia em três propostas iniciais de várias nações e estabelece um Comitê Intergovernamental de Negociação, com funcionamento a partir deste ano.
A meta é concretizar uma proposta para um acordo global até o fim de 2024."Não podemos falhar, esse é o momento de agir e temos muito a fazer", disse o ministro.
Já Duarte Cordeiro, Ministro do Ambiente da Ação Climática de Portugal, reforçou o dano que a poluição causa. "Precisamos de soluções inovadora e financeiramente viáveis. A economia circular do plástico é um caminho", afirmou. Em entrevista exclusiva para a EXAME, Duarte lembrou que Portugal é o país que mais limpou praias em 2021.
Das 260 iniciativas do ano passado, 175 aconteceram em praias portuguesas, isto é mais de 67%. "Temos um trabalho intenso em praias e ribeiras para evitar que o lixo chegue aos oceanos, e acreditamos na economia circular como chave para o avanço", disse Duarte.
Outro exemplo de ação prática que já acontece no combate do lixo no mar é do Canadá. Na Conferência, Lawrence Hanson, do Ministério da Pesca e Oceanos, afirmou quemais US$ 10 milhões em financiamento para o fundo Ghost Gear foram liberados em 2021-2022.
A iniciativa promove o tratamento de equipamentos de pesca abandonados, perdidos ou descartados.Até agora, o Programa Ghost Gear recuperou um total de 224 toneladas de artes de pesca e detritos marinhos.
"Estamos fazendo um bom progresso, mas também comprometidos a continuar e cooperar com organizações ao redor do mundo", disse Hanson.
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