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Fenômenos da natureza causam 276 interdições em rodovias em seis meses

Piora das condições climáticas, com grandes volumes de chuvas, prejudica a qualidade da infraestrutura de transporte ao afetarem estradas e ferrovias, apontam dados da ANTT

Estragos: alagamentos e transbordamentos, queda de barreiras, árvores, rochas e objetos e deslizamentos são os principais problemas nas rodovias (Getty Images)
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 10 de abril de 2024 às 17h20.

Última atualização em 10 de abril de 2024 às 17h40.

O aumento da frequência e da intensidade dos fenômenos da natureza tem trazido impactos para rodovias e ferrovias brasileiras. Levantamento divulgado nesta quarta-feira, 10, pela Agência Nacional de Transportes Terrestres ( ANTT ), mostra que no período entre outubro de 2023 e abril de 2024 foram registradas 275 interdições em rodovias — 49,63% delas sendo totais e 50,37% parciais.

Em média, as interdições duraram 27 horas, ou seja, mais de um dia. As principais causas, segundo a ANTT, foram alagamentos e transbordamentos (com 40,22% de participação), queda de árvores, rochas e objetos (34,42%), deslizamentos e quedas de barreiras (12,32%), erosão (2,17%) e outras situações (5,07%).

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O maior registro de interdições nas rodovias foi apontado em novembro e janeiro. O Sudeste concentrou a maioria das interdições, com Duque de Caxias (RJ), liderando com 31 casos, seguido por Campos dos Goytacazes (no RJ, com 13 registros) e Petrópolis (no RJ, com oito registros).

Ferrovias

No mesmo período, ocorreram 53 interdições nas ferrovias brasileiras, com 100% delas resolvidas em um tempo médio de 291 horas, ou cerca de 12 dias De acordo com a agência, a erosão foi a principal causa (96,23% dos casos), seguida por alagamentos e chuvas (1,89%), além de outras causas.

Apenas no dia 22 de novembro foram 33 interdições, apontado como número recorde. Esta foi a época das grandes enchentes do Sul do país. A região respondeu por 33 incidentes ferroviários.

De acordo com a ANTT, o relatório tem o objetivo de alinhar estratégias com as concessionárias que operam nas redes federais e fortalecer o monitoramento permanente de vias e trilhas. A iniciativa possibilita a identificação e o tratamento proativo de áreas críticas, particularmente em época de chuvas intensas.

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