Apoio:
Parceiro institucional:
Ryla, jovem beneficiada pelo programa do Espro. (Espro/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 27 de maio de 2024 às 09h00.
Última atualização em 27 de maio de 2024 às 13h47.
A agenda ESG, sigla em inglês para ações ligadas à sustentabilidade, às questões sociais e de governança nas organizações, nunca esteve tanto nos holofotes. Mas um grande desafio das empresas é encontrar organizações não governamentais parceiras que consigam, de fato, prestar contas dos resultados alcançados quando as iniciativas têm relação com o “S” da sigla.
“Muitas empresas já têm uma tese estruturada em relação a quais ações sociais gostariam de fazer – e existe bastante recurso financeiro para isso, alinhado à estratégia do negócio –, mas muitas ainda se sentem inseguras em contratar uma instituição filantrópica por receio de que ela não preste conta das iniciativas feitas”, explica Alessandro Saade, superintendente executivo do Espro, organização que atua na capacitação profissional para inclusão de jovens no mercado de trabalho desde 1979. “Isso gera complexidade para que as iniciativas avancem.”
O Espro, por exemplo, consegue prestar conta do seu impacto positivo na sociedade para as empresas parceiras porque tem uma área de inteligência de dados que faz medições antes, durante e depois dos programas realizados, sinaliza o executivo, dando exemplos.
Na sociedade brasileira como um todo, 18% dos jovens entre 14 e 29 anos não completaram o ensino médio. Entre os jovens que passam por programas de aprendizagem, esse número cai para zero.
Nesse mesmo recorte populacional, 6% dos jovens brasileiros com carteira assinada estão cursando o ensino superior. Entre os jovens do Espro são 50%.
Por fim, na média geral da população do país, 18% dos jovens entre 18 e 24 anos estudam e trabalham. No Espro esse indicador sobe para 57%. “Nossos programas realmente criam oportunidades para os jovens”, afirma Saade.
Ao longo de sua história, o Espro já encaminhou mais de 500 mil jovens para o mercado de trabalho. São 1,4 mil empresas parceiras, e o engajamento delas com a instituição é outro indicativo da eficácia dos programas.
Com seus diferentes programas, o Espro ganha capilaridade e consegue atender pessoas do Brasil inteiro. Além de estar presente com unidades em 50 municípios de oito estados, a instituição tem programas que são remotos e, quando necessário, atua com parceiros locais onde não tem equipe.
A atuação pode se dar de diferentes formas – mas sempre com o objetivo de capacitar os jovens em situação de vulnerabilidade para ingresso no mercado de trabalho.
Uma das ações é chamada Programa de Formação para o Mundo do Trabalho (FMT), que oferece treinamentos para jovens em busca do primeiro emprego, mas que não se sentem suficientemente preparados para este momento.
O FMT atende gratuitamente 8 mil jovens de 14 a 22 anos em todo o território nacional, na forma de turmas que podem ser realizadas em parceria com empresas, e personalizadas de acordo com suas áreas de atuação e agendas de diversidade e inclusão.
Já o Programa Sócio-Aprendizagem foca nos jovens que estão dando seus primeiros passos no mundo do trabalho e querem crescer na carreira corporativa. Anualmente, o Espro encaminha 50 mil jovens de 14 a 24 anos por meio dessa ação.
O Sistema de Aprendizagem Espro (SAE), por sua vez, é uma plataforma digital completa para as entidades certificadoras do Programa de Aprendizagem Profissional. Inclui uma metodologia disponível para o presencial, híbrido e EAD, materiais personalizados e serviços de consultoria.
Por fim, o Espro também desenvolve projetos de impacto social alinhados aos valores e à cultura da empresa. Esse trabalho pode englobar capacitação para o mundo do trabalho; suporte de assistentes e psicólogos sociais para os jovens, suas famílias e o território; definição conjunta da localidade e do público a ser impactado; e transparência na prestação de contas do investimento no projeto e seu impacto social.
Saade acredita que a capacitação dos jovens é o caminho para uma mudança real e sustentável da sociedade brasileira. “Acredito que a capacitação e a inserção do jovem no mercado de trabalho têm de ser a terceira causa prioritária do país”, diz. “A primeira é a fome. A segunda é a dor, questões de saúde. Não temos pretensão de ocupar esses espaços. Mas tenho certeza de que a capacitação profissional pode eliminar a primeira e a segunda em duas gerações, se houver investimento.”
Ele reforça que existe uma imensa juventude vulnerável hoje no país que é capaz de chegar em vários lugares e transformar o Brasil. “E quando tivermos esses jovens em posições de liderança, isso vai mudar o rumo dos investimentos.”