ESG

Apoio:

logo_unipar_500x313
logo_espro_500x313
Logo Lwart

Parceiro institucional:

logo_pacto-global_100x50

Escolhas de negócios e alocação de capital feitas hoje definirão o futuro, diz Marina Cançado

Criadora da Converge Capital Conference, empresária busca unir diferentes tipos de capital por uma visão comum de futuro, que seja sustentável e alinhada às metas de redução do aquecimento global

Marina Cançado, fundadora da Converge Capital: "É, sim, possível criar um portfólio de negócios e investimentos alinhado ao futuro sustentável" (Leca Novo/Divulgação)

Marina Cançado, fundadora da Converge Capital: "É, sim, possível criar um portfólio de negócios e investimentos alinhado ao futuro sustentável" (Leca Novo/Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 21 de março de 2024 às 11h00.

Última atualização em 5 de abril de 2024 às 10h40.

A segunda edição do Converge Capital Conference (CCC), evento que debate a atuação do mercado financeiro na agenda ambiental e climática, vai acontecer em 21 de maio, em São Paulo. Criado pela empresária Marina Cançado, o evento discutirá as oportunidades por trás da descarbonização para empresas e investidores brasileiros.

De acordo com a fundadora da Converge Capital, empresa que gere investimentos na agenda climática, o objetivo da conferência é unir diferentes tipos de capital por uma visão comum de futuro que desejam apoiar. “Criei o evento para que o mercado financeiro entendesse que o futuro é o resultado de onde se aloca capital e das escolhas de negócios que fazemos hoje, e que é, sim, possível criar um portfólio de negócios e investimentos alinhado ao futuro sustentável e às metas de redução de temperatura”, conta Cançado.

O evento conta com a participação de diferentes atores do sistema financeiro, como empresas, investidores, gestores de investimentos, startups e family offices.

A programação começa com letramento sobre as propostas e soluções para as mudanças climáticas. “A falta de conhecimento sobre o tema dificulta que a discussão se aprofunde no mercado financeiro. Em algumas empresas, a discussão já está mais avançada, mas a transição depende de ampla participação e capital do setor privado”, afirma.

Ao longo do dia, a discussão levará os agentes a rever modelos e riscos de investimentos para incentivar soluções baseadas na natureza, combustíveis sustentáveis para a aviação (SAF) e novas formas de energia limpa, como o hidrogênio verde. A programação segue ao longo da semana, chamada de Brazil Climate Investment Week (Semana Brasileira de Investimentos Climáticos), focada em desenvolver um esforço maior do setor financeiro na agenda ambiental.

Segundo Marina, o CCC 2024 busca trazer soluções mais efetivas e práticas para garantir o investimento privado na transição energética e industrial e na descarbonização da economia brasileira. De acordo com a empresária, apoiar as melhorias também será benéfico para os setores da economia.

"O Brasil tem grandes soluções baseadas na natureza para o clima e pode exportá-las. Estar na liderança desse setor já abriu novos mercados, como o SAF. As áreas que se descarbonizam podem gerar empregos e melhorar a economia, mas isso depende de todos de todos os atores da mudança"Marina Cançado, criadora da Converge Capital Conference

A primeira edição aconteceu em fevereiro de 2020. Na época, Marina já tinha sua carreira voltada a movimentar capital para resolução de desafios socioambientais, mas sentia a necessidade de aumentar a discussão sobre ESG no Brasil e chamar o mercado das finanças para o debate. Começou a custear o CCC com o próprio bolso, mas logo chamou a atenção de apoiadores, e passou a visitar empresas e investidores para convidá-los para a discussão. Como resultado, movimentou mais de 400 tomadores de decisão e ajudou a posicionar o tema de ESG para o mercado financeiro pouco antes do início da pandemia, quando o tema passou a ser mais discutido globalmente.

Quatro anos depois, o Converge Capital Conference conta com patrocinadores e o apoio de empresas e instituições da área financeira. A principal mudança, segundo Cançado, é o ritmo do debate. “Em 2020, ESG era uma não-conversa entre a Faria Lima. Isso mudou completamente. Neste ano, a missão é decidir onde é mais efetivo investir, onde podemos dar mais contribuição e o que vai beneficiar mais o brasileiro”, conta.

As inscrições para o CCC podem ser feitas a partir deste link.

Acompanhe tudo sobre:Energia renovávelBiocombustíveisInvestidoresFaria Lima

Mais de ESG

Incêndios reduzem estoque de carbono na Amazônia e Cerrado em até 68%, diz estudo

Casca de sururu e cera de depilação deixam de ir para o lixo

Os efeitos perversos dos jabutis incluídos no PL das Eólicas Offshore

Vazamento de petróleo russo no Mar Negro polui 49 km de praias