ESG

Emissões de gás carbônico devem registrar 2º maior avanço da história

O levantamento aponta que as emissões globais de dióxido de carbono relacionadas à energia devem aumentar 1,5 bilhão de toneladas neste ano em comparação com 2020

Emissões globais de gás carbônico: as emissões devem assim reverter boa parte do declínio do ano passado, causado pela pandemia da covid-19 (Getty Images/Getty Images)

Emissões globais de gás carbônico: as emissões devem assim reverter boa parte do declínio do ano passado, causado pela pandemia da covid-19 (Getty Images/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de abril de 2021 às 13h09.

Última atualização em 20 de abril de 2021 às 16h41.

As emissões globais de gás carbônico caminham em 2021 para o segundo maior avanço da história, de acordo com novo relatório da Agência Internacional de Energia (AIE). O levantamento aponta que as emissões globais de dióxido de carbono relacionadas à energia devem aumentar 1,5 bilhão de toneladas neste ano em comparação com 2020, puxadas por uma recuperação forte na demanda por carvão para gerar eletricidade.

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As emissões devem assim reverter boa parte do declínio do ano passado, causado pela pandemia da covid-19. O recorde de avanço anual das emissões ocorreu em 2010, durante a recuperação da crise financeira global.

A AIE estima que as emissões de gás carbônico aumentarão em quase 5% neste ano, para 33 bilhões de toneladas, diante sobretudo do aumento na demanda por carvão (de 4,5%), que se aproxima de seu pico histórico de 2014, nota a entidade.

A agência afirma que os números são um alerta "de que a recuperação econômica da crise da covid é atualmente insustentável para nosso clima", segundo o diretor executivo da AIE, Fatih Birol. "A menos que governos pelo mundo se mexam rápido para começar a cortar emissões, devemos enfrentar situação ainda pior em 2022", advertiu Birol, considerando a cúpula de líderes sobre o clima organizada nesta semana pelos EUA como "um momento crucial para compromisso com ações claras e imediatas".

A demanda global por energia deve aumentar 4,6% em 2021, puxada por mercados emergentes. O petróleo também tem aumento na demanda, mas deve ficar abaixo do pico de 2019, com o setor de aviação ainda pressionado, nota a AIE.

 

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