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Dynamo aponta a importância do mercado de carbono e das soluções baseadas na natureza

Carta Dynamo aponta a importância de se considerar as mudanças climáticas nas questões de mercado

 (Stock/Getty Images)

(Stock/Getty Images)

Marina Filippe
Marina Filippe

Repórter de ESG

Publicado em 4 de outubro de 2023 às 07h00.

A gestora de fundos Dynamo apontou na sua mais recente publicação trimestral, a Carta Dynamo, a importância de se considerar as mudanças climáticas nas questões de mercado. "Essa temática repercute de maneira diferenciada nas companhias. De um lado, impondo necessidade de investimentos e custos de adaptação. E de outro, potencializando oportunidades e alavancando receitas", diz.

A publicação contextualiza o fato de que um aquecimento do planeta para além do limite de 1,5ºC aciona alterações climáticas com repercussões severas para a vida na Terra. E, como os modelos científicos indicam que as emissões globais podem atingir o nível máximo em 2025. "A partir daí seriam reduzidas até alcançarmos a neutralidade em 2050, quando deveríamos remover toda e qualquer tonelada de CO2 equivalente que eventualmente viermos a colocar na atmosfera".

De acordo com a companhia, a ideia da Carta é também dividir as principais anotações de uma viagem para São Francisco, em abril, para compreender mais as possibilidades no mercado de carbono. Na ocasião foram discutidas questões como as soluções baseadas na natureza para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, a partir de iniciativas junto à natureza a fim de entregar benefícios para as pessoas e para a biodiversidade; e as soluções de engenharia concebidas para efetuar a remoção “artificial” de carbono.

Iniciativas da Dynamo

"Em abril, participamos da Carbon Negative Conference, um evento promovido pelo Credit Suisse em parceria com a Musk
Foundation, do empresário Elon Musk. O encontro reuniu cerca de 500 investidores e 130 companhias em um hotel em San Francisco, CA. A maior parte das empresas presentes participou da competição XPRIZE Carbon Removal", aponta a publicação.

Lançado em 2021, o XPRIZE Carbon Removal é um prêmio de incentivo global patrocinado pela Musk Foundation que promete distribuir em quatro anos o valor de US$ 100 milhões, tendo como objetivo principal estimular projetos de remoção de dióxido de carbono (CDR) viáveis e de alta qualidade.

As equipes participantes devem produzir um trabalho que demonstra a viabilidade de remoção de ao menos mil toneladas de CO2 por ano, além de submeterem um plano capaz de remover um gigatonelada por ano. Basicamente, os critérios de avaliação procuram investigar se a proposta é cientifica e operacionalmente robusta, se pode ganhar escala de maneira sustentável e se faz sentido econômico (custo razoável).

A resposta à iniciativa provou-se um sucesso, registrando inscrições de 1.180 grupos ao redor do mundo. Em fevereiro de 2022, a XPRIZE concedeu 15 prêmios de US$ 1 milhão e anunciou as 60 melhores equipes desta primeira etapa de avaliação. Em 2025, será entregue o restante do prêmio para o grande vencedor e três equipes vice-campeãs.

"Em sua terceira edição, a Conferência foi uma oportunidade para as empresas apresentarem seus projetos e estabelecerem contato com possíveis apoiadores financeiros. Um ambiente de startups e investidores early stage, portanto bastante diferente das conferências “tradicionais” que costumamos participar onde encontramos as companhias listadas estabelecidas e dividimos as reuniões com analistas especialistas no mercado de ações". Todos os 60 projetos vencedores da primeira rodada estavam presentes na Conferência.

A publicação detalha ainda dados do mercado de carbono, de iniciativas para a sustentabilidade, entre outros.

Acompanhe tudo sobre:Mudanças climáticas

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