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Disparidade salarial entre gêneros diminui lentamente no Citigroup

O Citigroup vem fazendo uma avaliação franca da diferença de salários pagos a homens e mulheres e tem feito progresso gradual no sentido de estreitar essa distância

Citigroup: as funcionárias agora ganham 26% menos do que os colaboradores do sexo masculino, comparado a 27% um ano atrás (Emmanuel Dunand/AFP)
LB

Leo Branco

Publicado em 22 de janeiro de 2021 às 10h32.

Última atualização em 22 de janeiro de 2021 às 11h47.

O Citigroup , uma das raras organizações que apresentam uma avaliação franca da diferença de salários pagos a homens e mulheres , tem feito progresso gradual no sentido de estreitar essa distância.

As funcionárias agora ganham 26% menos do que os colaboradores do sexo masculino, comparado a 27% um ano atrás, de acordo com a diretora de recursos humanos Sara Wechter. No quadro de pessoal do banco nos EUA, as minorias ainda ganham 6% menos do que as não minorias, um dado semelhante ao do ano passado.

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“Isso me faz perder o sono porque sei que é um trabalhão, mas precisamos entregar”, disse Wechter em entrevista. “Vai levar anos para acertar isso, mas se não fizermos progresso, vai levar mais do que anos.”

Como parte dos esforços para eliminar essa diferença, o banco segue empenhado em ampliar a representação nos cargos de vice-presidente assistente até diretor administrativo para pelo menos 40% no caso das mulheres em todo o mundo e 8% para funcionários negros nos EUA até o final do ano, segundo Wechter.

“Vamos compartilhar isso após todo final de ano”, disse ela. “Acho muito importante estarmos constantemente mostrando os números às pessoas — a melhoria, a falta de melhoria, seja o que for — para que tentem resolver isso.”

O Citigroup agora exige que os gestores que fazem contratações entrevistem vários candidatos de perfis diversos para as vagas, em vez de apenas um. A mudança já ajudou a melhorar a diversidade no recrutamento, de acordo com a diretora de RH.

“Os gestores estão entendendo e não são complacentes”, disse ela. “Os números estão cada vez melhores. Para mim, os gestores que contratam compreendem que nós estamos tentando resolver a questão e a importância disso.”

Transparência de dados

O Citi continua sendo uma das poucas organizações de grande porte a divulgar dados de disparidade salarial sem ajustes. Muitos de seus concorrentes apresentam um panorama ajustado que leva em consideração a função e o local onde o funcionário atua. Com base nisso, em termos globais, as mulheres recebem em média mais de 99% do que os homens são pagos pelo Citigroup.

Investidores e clientes têm pressionado muitas das maiores empresas do mundo a divulgar e corrigir diferenças na compensação de colaboradores do sexo masculino e feminino. Nos EUA, as mulheres recebem em média US$ 0,82 para cada US$ 1 recebido pelos homens, de acordo com dados compilados pela Female Quotient, que atua pela igualdade nos locais de trabalho.

O Citigroup anunciou na quinta-feira uma parceria com a Female Quotient para criar uma ferramenta gratuita que permitirá que outras organizações analisem suas disparidades salariais de gênero e tenham apoio para estabelecer os passos necessários para chegar à igualdade de remuneração.

“Trata-se realmente de inserir alguns números simples para ter uma visão ampla”, disse Shelley Zalis, CEO da Female Quotient. “É para haver conscientização do tamanho da diferença em toda a empresa para que se possa assumir essa responsabilidade.”

 

 

 

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