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Descarbonização: energia eólica offshore pode ser liderada pelo Brasil, diz secretário

Rodrigo Rollemberg defende a atração de empresas para acelerar investimentos no setor e impulsionar desenvolvimento industrial nacional

Aval: com aprovação do marco regulatório, Brasil poderá iniciar os projetos de geração de energia elétrica eólica no mar (Getty Images)

Aval: com aprovação do marco regulatório, Brasil poderá iniciar os projetos de geração de energia elétrica eólica no mar (Getty Images)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 27 de março de 2024 às 13h13.

O Brasil não deve ser um mero produtor de energia eólica offshore, mas atrair empresas da cadeia de suprimentos e as eletrointensivas que precisam se descarbonizar, disse o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério da Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg.

O secretário anunciou, durante a segunda edição da Brazil Offshore Wind Summit, no Rio de Janeiro, a criação de um grupo de trabalho com representantes do governo e do setor de energia eólica, e outras renováveis, para planejar a entrada dessa nova tecnologia no Brasil e como atrair outras empresas para impulsionar a economia.

"O Brasil tem uma grande oportunidade de liderar o offshore e temos condições de acelerar o processo de descarbonização do mundo todo", afirmou.

Marco regulatório

Rollemberg disse estar confiante na aprovação do marco regulatório do setor pelo Congresso Nacional ainda no primeiro semestre deste ano. Após essa aprovação, o Brasil poderá iniciar os projetos de geração de energia elétrica eólica no mar, uma das principais soluções para ajudar no processo de combate ao aquecimento do planeta.

"Para limitar a 1,5 grau o aquecimento global, precisa de 2.500 gigawatts de eólica offshore, e o Brasil pode oferecer quase um terço disso, e precisamos ter políticas bem definidas, temos que agir de forma rápida", disse Rollemberg.

O secretário destacou também, que os projetos de produção de hidrogênio verde do País a partir da geração eólica offshore, devem também agregar valor aos produtos, como na produção de fertilizantes, aço, cimento, entre outros, e não se limitar à exportação da commodity.

"Não haverá transição energética justa se não houver desenvolvimento industrial nos países produtores de energia", afirmou o secretário, ressaltando que o Brasil precisa aproveitar o momento, "quando temos nova política industrial, o BNDES alinhado com essa política de industrialização, um Ministério da Fazenda que coloca como prioridade o plano de transformação ecológica, e em um momento em que o Brasil dirige o G20 e vai receber a COP30."

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