Corona (a cerveja) avança em vendas e na agenda ESG
Nem o fechamento dos bares foi capaz de aplacar a sede dos consumidores, e a cerveja vendeu mais do que a expectativa
Rodrigo Caetano
Publicado em 30 de junho de 2021 às 06h00.
Sem bar, sim. Sem cerveja , nunca. Para a Constellation Brands, distribuidora da marca Corona nos Estados Unidos, essa é a lição da pandemia. Desde o segundo quarto do ano passado, seus resultados superam as estimativas do mercado. Nesta quarta-feira, 30, a empresa divulgará seus números para o primeiro trimestre do ano, novamente sob alta expectativa.
A marca Corona tem sido uma das grandes responsáveis por isso. As vendas cresceram mais de 10% no final do ano passado, mesmo com o fechamento dos bares e restaurantes. Ávido por um consumo mais sofisticado em casa, os consumidores preferiram marcas mais caras, em detrimento às populares rainhas dos bares.
Também ajudou o lançamento da Corona Hard Seltzer, um novo tipo de bebida que está agradando os mais jovens – não é exatamente uma cerveja, mas refresca e tem pouco álcool. A seltzer da Corona é a segunda que mais cresce no mercado americano.
A Constellation detém o controle da marca apenas nos Estados Unidos. No resto do mundo, é a Ab Inbev que distribui o rótulo – a venda da operação americana foi uma obrigação estabelecida pelo órgão antitruste para aprovar a compra da cervejaria mexicana Modelo, que produz o rótulo, pela Inbev.
Agenda ESG da Corona
A preocupação em agradar o consumidor da nova geração, mais preocupado com questões ambientais, se reflete na agenda ESG da companhia. A Corona anunciou, em junho, a compensação de todo o plástico utilizado em sua operação. Isso significa que ela retirou de circulação a mesma quantidade de plástico que colocou em circulação.
“Olhar para um ano de plástico acumulado em sua casa faz a gente pensar no problema”, afirmou, em entrevista ao site da revista Sustainability, Felipe Ambra, vice-presidente de marketing da Corona. O próximo passo da marca será zerar o descarte de plástico em toda a sua cadeia de produção. Se a sede de cerveja da pandemia continuar, ficará mais fácil.
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