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Central Única das Favelas Global fará conferências em 41 países

Com presença confirmada de Celso Athayde, a Central Única das Favelas Global dá início a conferências em mais de 40 países com foco nas prévias para o G20 no Brasil

Em 2022, Celso Athayde afirmou ao ganhar prêmio que se não fosse possível ampliar espaço para os favelados dentro do Fórum Econômico Mundial, criaria, ele mesmo, o Fórum Mundial das Favelas. E assim o fez (Getty Images/Reprodução)

Em 2022, Celso Athayde afirmou ao ganhar prêmio que se não fosse possível ampliar espaço para os favelados dentro do Fórum Econômico Mundial, criaria, ele mesmo, o Fórum Mundial das Favelas. E assim o fez (Getty Images/Reprodução)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 2 de maio de 2024 às 15h57.

Última atualização em 2 de maio de 2024 às 16h11.

Construído durante os últimos 25 anos de atuação direta nas favelas e periferias do Brasil, o grande ativo da Central Única das Favelas (Cufa) é, de acordo com a organização, o conhecimento profundo do perfil, das necessidades e as potencialidades dos territórios, o que permite a realização de um levantamento minucioso e estratégico de informações essenciais para a tomada de decisão nos poderes público e privado. Em uma iniciativa inédita, que vem sendo desenhada nos dois últimos anos, a organização ampliou perspectivas e aproveitou a capilaridade global para traçar essas radiografias nos países onde atua.

O resultado disso são as Conferências Internacionais da Favela (CIF20), que acontecem a partir do dia 5 de maio no Brasil e em mais de 40 países, que contarão com a presença de Celso Athayde, fundador da Cufa, e tem como objetivo principal levantar insumos e endereçar demandas globais das favelas e periferias mundo afora para entregar aos chefes de Estado que virão ao Brasil para o encontro do G20.

A agenda oficial das conferências terá início em Luxemburgo no dia 6 de maio, e segue para a Bélgica (dia 7), Angola (dia 9), Moçambique (dia 12), África do Sul (dia 14) e Cazaquistão (dia 15). Athayde será recebido pelos presidentes e equipes da Cufa nesses países e estará acompanhado por seu filho caçula, Marcus Vinicius, que acaba de fixar residência na África do Sul para coordenar a Cufa do continente africano.

No Brasil, as conferências acontecem entre junho e agosto, em todos os estados brasileiros e, possivelmente, em 5 mil favelas em todo o país. A realização das conferências está sendo articulada em parceria com o governo federal, junto com dois ministérios, o Ministério de Planejamento e Orçamento e o de Direitos Humanos e Cidadania, e passa a fazer parte do G20 Social.

Estão confirmadas na maratona global os seguintes países: Guiné Bissau, Espanha, França, Portugal, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, Camarões, Marrocos, República Centro-Africana, Irlanda, México, Finlândia, Serra Leoa, Canadá, Grécia, Itália, Congo, Catar, Sudão, Colômbia, Uruguai, Cabo Verde, Dinamarca e Holanda.

Fórum Mundial das Favelas (FMF)

Dando sequência aos trabalhos com as demandas globais, em setembro de 2024, a Cufa lançará o Fórum Mundial das Favelas, iniciativa que pretende ampliar a comunicação entre os povos de periferia de todos os continentes, para que todas as contribuições apuradas nas conferências sejam debatidas e endereçadas de forma efetiva.

A primeira edição acontecerá na cidade do Rio de Janeiro, em parceria com a Unesco, TV Globo e governo do estado do Rio de Janeiro. “Como disse em meu discurso ao ser eleito como Empreendedor de Impacto e Inovação no Fórum Econômico Mundial (Davos), em 2022, se os problemas nas periferias são globais, então as soluções também precisam ser”, explica Celso Athayde sobre a motivação para a criação e realização do FMF.

“Nessa primeira fase, eu estarei pessoalmente orientando os trabalhos nessas nações, apoiando as Cufas locais e, claro, fazendo interface com todas as embaixadas para apoiarem essa iniciativa. O processo de desenvolvimento dessa rede complexa global, está sendo o mesmo iniciado há mais de 25 anos a partir do viaduto de Madureira, origem da Cufa Brasil. Seguiremos produzindo, conectando e sendo uma organização que influencia tantas pessoas e instituições e, agora, exporta tecnologia social para todo o mundo. A base da pirâmide segue sendo o nosso foco, agora em escala global", completa Athayde.

O ínicio da expansão global das articulações

Em 2022, quando Celso Athayde recebeu o prêmio de Empreendedor do Ano de Impacto e Inovação Global, pelo Fórum Econômico Mundial, em Davos, afirmou publicamente que não podia ser o único favelado a merecer aquele prêmio e homenagens e fez uma provocação: se não fosse possível ampliar esse espaço para os favelados dentro do Fórum Econômico Mundial, criaria, ele mesmo, o Fórum Mundial das Favelas. E assim o fez.

Para Kalyne Lima, presidente da Cufa Brasil, essa iniciativa contribui, como nunca antes, para o fortalecimento em cadeia de toda a rede nacional da Cufa, em termos de ampliação de visibilidade e poder de mobilização e atuação. “Acredito que essa iniciativa já é um marco antes mesmo de ser realizada. Todo o trabalho já consolidado nacionalmente será enriquecido a partir das contribuições resultantes das conferências dos países. Também acredito que essa maratona global com Celso e Marcus Vinícius compartilhando as experiências que temos tido no Brasil com esses líderes globais será de grande valia. Esse projeto de expansão internacional que nasceu há dois anos se consolida agora com conexões que prometem ser muito produtivas”, comenta Kalyne.

Qual é a diferença entre o Fórum Mundial das Favelas e as conferências que compõem a maratona global?

O Fórum Mundial das Favelas (FMF) é uma iniciativa que acontecerá em muitos países e terá sua primeira edição no Rio de Janeiro, em setembro de 2024. Este Fórum não tem necessariamente relação com o G20. Os eventos apenas acontecem no mesmo período este ano de forma oportuna para otimizar as agendas.

As Conferências Internacionais das Favelas 20 (CIF20) estão sendo pensadas desde 2022, em articulações com autoridades brasileiras e sul-africanas (onde acontecerá a próxima edição do G20). Essas conferências acontecem a partir do dia 6 de maio em 41 países e seu papel é ajudar a organizar e unificar o discurso, a narrativa e sobretudo as demandas das favelas com o intuito de endereçar aos chefes de estado nas agendas do G20. Os insumos levantados podem vir a pautar conteúdos no FMF em setembro.

“Ao incluir as favelas na agenda do G20, os líderes mundiais podem demonstrar um compromisso real com a inclusão, a equidade e o desenvolvimento sustentável. Essa iniciativa vai beneficiar as favelas, e também contribuirá para um mundo mais justo e igualitário, em termos de oportunidade, para todos”, diz Marcus Vinicius Athayde, Presidente da Cufa Global.

Acompanhe tudo sobre:FavelasDesigualdade social

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