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Celulose bacteriana pode substituir o plástico e reduzir a poluição, aponta pesquisa

Universidades dos EUA desenvolvem material com resistência metálica e potencial para substituir plásticos em aplicações industriais

Os pesquisadores contam que o processo pode ser aplicado em larga escala e ser usado em diversas etapas e funções industriais (Getty Images)

Os pesquisadores contam que o processo pode ser aplicado em larga escala e ser usado em diversas etapas e funções industriais (Getty Images)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 13 de agosto de 2025 às 12h04.

Um novo estudo das universidades de Rice e de Houston, nos Estados Unidos, acaba de descobrir que a celulose produzida pelas bactérias forma um material resistente como um metal, sem perder a transparência e flexibilidade. A expectativa é que a sua aplicação industrial ajude a reduzir a dependência no plástico, reduzindo as taxas de poluição e o descarte de embalagens.

A pesquisa, divulgada na revista Nature Communications, explica que a celulose bacteriana atua como um biopolímero e é uma alternativa sustentável e biodegradável para a utilização dos polímeros tradicionais, que geram microplásticos durante a sua decomposição.

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Os pesquisadores desenvolveram um biorreator que direciona o movimento das bactérias, o que melhora as propriedades mecânicas da celulose microbiana. É assim que o material se torna mais forte que o vidro, só que dobrável e não nocivo ao meio ambiente.

Celulose mais resistente do que metal?

Os cientistas ainda adicionaram nitreto de boro durante o processo de fabricação, o que ajudou na formação de um material com mais resistência e maior resiliência térmica, triplicando a sua capacidade de dissipação de calor.

De acordo com o autor principal do artigo e doutorando em ciência dos materiais na Rice, MASR Saadi, essa estratégia permite a criação de materiais com mais funcionalidade e resistência. “O método permite a fácil integração de diversos aditivos em nanoescala diretamente na celulose bacteriana, possibilitando a personalização das propriedades do material para aplicações específicas”, explica.

Substituição do plástico

Os pesquisadores contam que o processo pode ser aplicado em larga escala e ser usado em diversas etapas e funções industriais, como materiais estruturais, soluções de gerenciamento térmico, embalagens, indústria têxtil, na fabricação de eletrônicos e até em sistemas de armazenamento de energia.

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Para Muhammad Maksud Rahman, professor assistente em Houdson e Rice, as folhas de celulose bacteriana têm potencial de se tornar onipresentes na indústria, substituindo plásticos em setores essenciais e ajudando a mitigar os danos ambientais. “Esse trabalho é um ótimo exemplo de pesquisa interdisciplinar na interseção entre ciência dos materiais, biologia e nanoengenharia”, explica.

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