Capacitação de jovens em parceria com o setor privado leva impacto social a níveis recordes
Em um ano ainda duro para o terceiro setor, programas ESG do Espro garantem crescimento da capacitação e inserção no mercado de trabalho
EXAME Solutions
Publicado em 3 de janeiro de 2024 às 13h12.
Última atualização em 4 de janeiro de 2024 às 10h33.
Depois de três duros anos marcados pela pandemia e pelo contingenciamento de políticas públicas no âmbito social, 2023 começou com a expectativa de uma retomada expressiva da atividade filantrópica no Brasil. Mas as incertezas que rondaram a economia do país ao longo do ano fizeram com que o setor continuasse a enfrentar dificuldades para retomar e desenvolver projetos de impacto social.
No Espro, entidade filantrópica nascida por uma iniciativa do Rotary Club há 44 anos para capacitar jovens para o mercado de trabalho, o cenário foi bem diferente. Mesmo com as oscilações no mercado de serviços e varejo (que são os grandes contratantes de jovens aprendizes), a entidade conseguiu fechar o ano batendo recordes históricos.
No seu principal programa, que forma e encaminha jovens entre 14 e 24 anos para o mercado de trabalho, o Espro alcançou a marca de 17 mil aprendizes ativos em empresas parceiras, fechando o ano com mais de 30 mil jovens capacitados – o maior patamar em 44 anos de atividade. Já o programa de estágio, que começou a operar em 2021, teve um aumento de 60% no número de jovens encaminhados.
Além da formação teórica nos programas de aprendizagem e da experiência de trabalho real nas empresas, assistentes sociais, psicólogos e analistas de acompanhamento garantem aos jovens, às suas famílias e à comunidade todo o suporte social. Em 2023, foram mais de 1.200 atendimentos — 10% a mais em comparação com 2022, somando a marca de 1 milhão de atendimentos sociais conquistada no ano passado.
“O número recorde de aprendizes, presentes pela primeira vez em todos os estados do território nacional, nos forneceu recursos suficientes para garantirmos um grande impacto social nas comunidades em que atuamos. Além do programa de aprendizagem ser uma política pública de assistência social, potencializamos a nossa atuação oferecendo programas de Formação para o Mundo do Trabalho (FMT) nas comunidades mais vulneráveis”, explica Alessandro Saade, superintendente do Espro que, em 2023, também bateu recordes de captação de recursos e de faturamento.
Entre os cases desenvolvidos neste ano, Saade destaca os projetos de FMT em parceria com a Fundação Banco do Brasil em Manaus, no Amazonas; o Projeto Formar, em parceria com a Leroy Merlin, para o segmento de reforma e bricolagem; e com o banco francês Société Générale que, há quatro anos, capacita jovens do extremo sul da capital paulista.
Estes são exemplos de empresas comprometidas com a agenda ESG. Programas construídos em parceria trazem mais resultado para o público atendido. Iniciativas de impacto social efetivas passam por um correto mapeamento do território, um cuidadoso desenho do programa e de uma execução com eficiência e transparência, com indicadores previamente estabelecidos entre as partes.
Ainda no campo de parcerias, vale o destaque para os projetos com a Irmandade Os Carolinos e a Comunidade Religiosa e Quilombola Manzo Ngunzo Kaiango, que capacitou jovens quilombolas no FMT Robótica com programação em arduino, com a Corteva, que preparou meninas negras para seu primeiro emprego, e com a Winity que ao final do programa de capacitação contratou mais da metade dos jovens como aprendizes.
No campo da diversidade, os programas afirmativos em parceria com empresas apoiaram as causas LGBTQIAPN+, meninas negras e refugiados e migrantes. “2023 foi um ano maravilhoso, com muitas entregas e muito aprendizado. Nada disso seria possível sem a parceria com empresas que possuem uma política ESG estruturada. E é nesta direção que trilharemos 2024, com parcerias poderosas com empresas comprometidas com o desenvolvimento social do nosso país”, finaliza Saade.