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Brasil bate recorde na produção de energia renovável

Ao todo, 93% da eletricidade produzida no país teve como fontes as hidrelétricas, os parques eólicos, as fazendas solares e as usinas que utilizam a biomassa

Descarbonização: em 2023, o Brasil gerou 70.206 megawatts médios de energia a partir de usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa (Leandro Fonseca/Exame)

Descarbonização: em 2023, o Brasil gerou 70.206 megawatts médios de energia a partir de usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa (Leandro Fonseca/Exame)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 12h57.

Em 2023, 93,1% de toda energia elétrica produzida no Brasil foi de fonte renovável. Foi o recorde histórico, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), que analisou os dados registrados desde 2013.

Ao todo, o país gerou no ano passado 70.206 megawatts médios de energia a partir das suas usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa.

Papel das hidrelétricas

Segundo o estudo da CCEE, as hidrelétricas - responsáveis por cerca de 58% da capacidade instalada da matriz energética brasileira - geraram quase 50 mil megawatts médios para o Sistema Interligado Nacional (SIN), o que representou um aumento de 1,2% na comparação com 2022.

Ainda de acordo com a associação, as usinas chegaram ao fim de 2023 com bons níveis de reservatório, o que vai permitir certo conforto no período seco de 2024. A previsão otimista tem a ver com o cenário hídrico dos últimos dois anos e o uso complementar de fontes alternativas. Entre elas, a eólica e a solar.

Os parques eólicos e as fazendas solares produziram cerca de 13 mil megawatts médios – aumento de 23,8% na comparação com o registrado em 2022. A performance refletiu as condições climáticas favoráveis, com destaque para a produção de energia solar. Também pesou a favor da alta na geração a entrada de novas usinas no Sistema Interligado Nacional (SIN), que impulsionaram a capacidade instalada das duas fontes para mais de 42,6 mil MW. O número equivale a três usinas do tamanho de Itaipu.

Também a geração de energia a partir da biomassa, cuja principal matéria-prima é o bagaço da cana-de-açúcar, teve uma alta na geração, de 9,6% em relação a 2022, com 3.218 megawatts.

Descarbonização

Em janeiro, a Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou que as fontes limpas de energia devem cobrir toda a demanda adicional do mundo por eletricidade ao longo dos próximos três anos. Entre os destaques apontados pela entidade estão o rápido crescimento das energias renováveis.

“O crescimento das fontes renováveis gera emprego e renda, representa um avanço do Brasil na meta de descarbonização e uma vitória para o meio ambiente”, analisa Alexandre Ramos, presidente do Conselho de Administração da CCEE. Para o executivo, os números confirmam o papel de destaque do Brasil na transição energética global e o potencial para novos negócios sustentáveis, como o hidrogênio de baixo carbono, diz.

O levantamento da CCEE mostra que o segmento de micro e minigeração distribuída, do qual fazem parte os painéis solares instalados nas residências e estabelecimentos comerciais, a capacidade instalada passou de 18.120 MW em dezembro de 2022 para 25.818 MW ao final de 2023, com crescimento de 42,5%.

Segundo a entidade, o volume produzido em 2023 foi de 4.140 megawatts médios - alta de 63,9% na comparação com 2022. A maior parte da geração se concentra em Minas Gerais, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.

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