Rotas da Integração podem entrar em operação em 2028 sem expansão do gasto público
Com 124 obras de infraestrutura em 11 estados, projeto foi lançado no ano passado
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Publicado em 4 de julho de 2024 às 13h45.
Em audiência nesta semana no Senado Federal, a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que as cinco Rotas da Integração Sul-Americana previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) podem entrar em operação até 2028.
São 124 obras de infraestrutura em 11 estados, incluindo rodovias, hidrovias, pontes e ferrovias, aeroportos e linhas de transmissão de energia, com objetivo de ampliar o comércio com os vizinhos sul-americanos e aproximar os produtos brasileiros dos países do Sudoeste Asiático, utilizando os portos do Pacífico.
“Nós fizemos uma carteira de US$ 10 bilhões: R$ 3 bilhões do BNDES, que vai financiar porteira para dentro, ou seja, o Brasil. Os outros US$ 7 bilhões são para financiar da Venezuela à Argentina, todos os países que quiserem se integrar a essa rota. Posso adiantar que Paraguai, Bolívia e Guiana estão conversando para poder haver essa integração”, afirmou Tebet.
O projeto das Rotas de Integração Sul-Americana havia sido lançado no ano passado. De acordo com a ministra, que esteve em audiência conjunta das comissões de Infraestrutura e de Desenvolvimento Regional no Senado, não haverá expansão dos gastos públicos. Ela aproveitou a ocasião para expor aos parlamentares os mapas e potencialidades de cada uma das rotas, que já havia apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O petista sempre foi um entusiasta de políticas de integração regional e aproximação cultural com as nações do continente.
“Reduz distância, tempo. [Melhora] a competividade dos nossos produtos, anda menos por rodovias dentro do Brasil e é mais seguro”, concluiu a ministra, ao final da apresentação, indicando que as rotas criam um caminho geograficamente mais curto até o mercado asiático. Em seguida, os parlamentares enalteceram a grandiosidade do planejamento e ponderaram que é preciso ações efetivas para além dos governos de plantão para tornar as rotas uma realidade na vida de todos os brasileiros.
Abaixo, as cinco rotas:
Rota 1 - Ilha das Guianas: que deve ligar Amapá, Roraima e parte do Amazonas e Pará com Guiana, Guiana Francesa, Suriname e Venezuela
Rota 2 - Amazônica: articulando a exportação para Peru, Equador e Colômbia, além da Ásia e América Central, a partir de Manaus;
Rota 3 - Quadrante Rondon: ligação da região formada pelos estados do Acre, Rondônia e regiões do Pará e do Amazonas à Bolívia e Peru, visando o mercado asiático;
Rota 4 - Bioceânica de Capricórnio: exportação de alimentos, máquinas e equipamentos e bens de consumo final para Paraguai, Argentina e Chile, além do mercado asiático;
Rota 5 - Porto Alegre-Coquimbo: exportação e importação de insumos, alimentos, máquinas e equipamentos e bens de consumo final para Argentina, Uruguai e Chile, além do mercado asiático.