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Nós vamos ser mais eficientes se formos mais diversos, acredita Inês Coimbra

Procuradora-geral do Estado é homenageada na categoria Impacto na Sociedade no Prêmio Mulheres Exponenciais

Importância de ambientes diversos na esfera pública vai além da necessidade de reparação, defende Inês Coimbra. (Esfera Brasil/Divulgação)

Importância de ambientes diversos na esfera pública vai além da necessidade de reparação, defende Inês Coimbra. (Esfera Brasil/Divulgação)

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Publicado em 12 de março de 2024 às 07h00.

Na relação com uma sociedade heterogênea formada por indivíduos complexos e diferentes, a diversidade deve ser encarada como forma de tornar a administração pública mais eficiente. O argumento é da procuradora-geral do Estado de São Paulo, Inês Coimbra, homenageada na categoria Impacto na Sociedade da 3ª edição do Prêmio Mulheres Exponenciais.

“A política é uma arte de negociação. O problema do ‘eu contra eles’ é que acaba criando uma militância de ‘lacração’, que funciona em um post nas redes sociais, mas transforma pouco a realidade. Então a minha restrição está um pouco nesse lugar”, definiu.

“Eu encaro a importância da diversidade muito menos sobre o aspecto da reparação, embora não seja um aspecto menor. Eu não estou dizendo isso, mas muito mais pelo aspecto da eficiência mesmo. A eficiência é um princípio constitucional que tem que  informar as atividades da administração. A gente está falando em prestar serviço para uma sociedade complexa e heterogênea. Nós vamos ser mais eficientes se formos mais diversos”, afirmou.

Inês é a quinta mulher a chegar ao cargo de procuradora geral do Estado de São Paulo. Em sua trajetória, ela tem em alta conta as figuras da mãe, da tia e da madrasta, que considera como grandes referências. A escolha do Direito como carreira veio ao enxergar as perspectivas de transformar a sociedade pela justiça. Ainda que a advocacia pública não tenha sido um “sonho fechado”, na procuradoria passou a ter contato com o serviço de assistência judiciária à comunidade, que ampliou seus horizontes.

“Se eu tivesse que voltar atrás, eu teria feito tudo de novo. Nesse aspecto, eu acho que tenha dado um pouco de sorte”, disse.

“Em termos de formação humana, para mim foi maravilhoso. Os desafios jurídicos não eram tão grandes, mas a riqueza das histórias era imensa. A maior parte do público atendido era feminina”, pontuou.

Assista ao vídeo completo da entrevista com Inês Coimbra:

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