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Lula: 'Eu e Alckmin vamos fazer uma revolução nesse país'

A empresários, candidato do PT à presidência disse que o Brasil vai voltar a crescer, sem fome e com empregos

Abílio Diniz, Aloisio Mercadante, Geraldo Alckimin, Lula, João Camargo, e Camila Camargo no encontro da Esfera Brasil (Iara Morselli/Esfera/Divulgação)

Abílio Diniz, Aloisio Mercadante, Geraldo Alckimin, Lula, João Camargo, e Camila Camargo no encontro da Esfera Brasil (Iara Morselli/Esfera/Divulgação)

A Esfera Brasil, neste dia 27 de setembro, recebeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um encontro com o empresariado brasileiro. Lula chegou ao evento acompanhado de Geraldo Alckmin (PSB), Aloizio Mercadante (PT), Gleisi Hoffmann (PT), sua esposa Janja e uma série de personalidades.

Como o principal responsável pelo plano de governo de Lula, Aloízio Mercadante abriu o evento lembrando que Lula foi o Presidente mais bem avaliado da história e diz ter recebido uma série de propostas para a formulação do plano.

Um nome lembrado em todas as falas, mas, em especial, na fala de Mercadante, foi o de Fernando Henrique Cardoso. Mercadante reconheceu a contribuição de FHC ao país e disse que o PT deu continuidade ao projeto iniciado pelo tucano.

A Educação e o Meio Ambiente foram temas tratados por Mercadante como prioritários e quando refletiu sobre o papel do Estado na economia não negou a importância do investimento privado, mas ressaltou a importância do investimento público.

Sobre os bancos públicos, Mercadante afirmou que o BNDES precisa voltar a ser um banco capaz de retomar os investimentos, lembrando a necessidade de ceder protagonismo às micro e pequenas empresas.

Sobre teto de gastos, apontou que, apesar das cobranças para um posicionamento sobre o tema, já há um rombo no teto de gastos e disse que o Lula foi o Presidente mais responsável do ponto de vista fiscal.

Geraldo Alckmin deu continuidade ao encontro dando ênfase à necessidade de combater a desigualdade social; disse não ver antagonismo entre economia e social e ressaltou a importância do consumo para alavancar a economia. Falou em reforma tributária, desburocratização e fortalecimento do salário-mínimo.

O ex-governador lembrou o ganho real de salário-mínimo durante os governos de Lula, sem deixar de lembrar o ganho real do salário-mínimo conquistado nos governos FHC. Comparou com a situação atual, em que há perda real do salário-mínimo.

Lula inovou e deu um novo tom ao encontro da Esfera Brasil. Pediu para que, antes da sua fala, alguns empresários manifestassem suas opiniões e dissessem o que esperam para o Brasil. “Quem sabe a gente tenha que aprender um pouco também”, afirmou.

(Iara Morselli/Esfera/Divulgação)

As demandas do empresariado concentravam-se nos temas da Reforma Tributária, manutenção de conquistas anteriores, combate à desindustrialização, segurança jurídica e cumprimento de acordos.

Lula ouviu atenciosamente todas as súplicas e lamentou a derrocada de setores da indústria nacional. Ressaltou que, em seu governo, ouvirá os empresários e fará um trabalho articulado com o setor.

Sobre a independência do Banco Central, Lula afirmou ter garantido autonomia a Meirelles em sua gestão, com a contrapartida de que o economista ouviria todos os interesses envolvidos. Ainda sobre o tema, disse que é importante controlar inflação, mas também garantir empregabilidade e o crescimento econômico.

Sobre o teto de gastos, Lula afirmou ser contrário à limitação, mas comprometido com superavit primário. Disse não ver problema nenhum em o Estado se endividar para trazer investimento ao país. Disse que educação, por exemplo, não é gasto; que isso não pode ser encarado como dívida.

“Eu e esse moço aqui”, disse apontando para Alckmin, “vamos ganhar as eleições. Estamos juntando nossas experiências e vamos fazer uma revolução nesse país sem dar um tiro”

O ex-presidente também defendeu que bancos públicos expandam o crédito e invistam em pequenas e médias empresas. “[Em meu governo], vocês viram que a economia cresceu. E cresceu porque nós fizemos bancos públicos financiarem empresas”. “Vamos deixar o nosso povo empreender e inventar”

Em nome do interesse do empresariado, Lula afirmou ser necessário mudar a mentalidade de que pobre não gosta de coisa boa. “O povo precisa ter poder de compra e queremos que vocês sejam parceiros nessa construção”, afirmou.

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