Economia

Vento forte vai fechar ponte do Rodoanel

São Paulo - O tráfego sobre a maior ponte do Trecho Sul do Rodoanel - a que tem 1.755 metros de extensão e 16 de largura sobre a Represa Billings, na divisa entre São Bernardo do Campo e São Paulo - será fechado sempre que forem detectadas rajadas de vento transversal superiores a 50 km/h. […]

Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas terá que ser fechado com ventos muitos fortes (.)

Trecho Sul do Rodoanel Mário Covas terá que ser fechado com ventos muitos fortes (.)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

São Paulo - O tráfego sobre a maior ponte do Trecho Sul do Rodoanel - a que tem 1.755 metros de extensão e 16 de largura sobre a Represa Billings, na divisa entre São Bernardo do Campo e São Paulo - será fechado sempre que forem detectadas rajadas de vento transversal superiores a 50 km/h.

Com ventanias menos fortes, entre 19 km/h e 26 km/h, haverá operação comboio ou redução de velocidade de trânsito. A decisão é da Desenvolvimento Rodoviário S/A (Dersa), empresa ligada ao governo do Estado, que administra a estrada.

Segundo o engenheiro civil e consultor Anivaldo dos Anjos Filho, não há riscos à segurança, mas o objetivo é evitar incômodos, já que a ventania é capaz de balançar - sem danificar - a ponte. "Não tem problema de tombar um carro, mas causa certo desconforto ao motorista."

A ponte sobre a Billings é sustentada por 42 pilares de concreto cravados no solo debaixo da água. Construídos a cada 110 metros, medem de 20 a 50 metros de comprimento e têm 8 de diâmetro. A medição caberá à Polícia Militar Rodoviária e será feita com um anemômetro - aparelho que monitora direção e velocidade dos ventos. Sempre que necessário, painéis ao longo da rodovia mostrarão avisos do tipo: "Caso o sistema registre velocidade do vento acima do normal, por medida de segurança, a Polícia Rodoviária intensifica o monitoramento de tráfego na ponte, com a redução da velocidade nas proximidades, até que as condições voltem à normalidade".

Rio-Niterói

Com 13 quilômetros de extensão, a Ponte Rio-Niterói sofreu até 2003 com interrupções no trecho sobre a Baía de Guanabara quando os ventos atingiam 60 km/h. Mas há sete anos foi instalado no local um sistema de caixões metálicos chamado de Atenuadores Dinâmicos Sincronizados (ADS). Desenvolvido pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e composto por 32 conjuntos de molas e contrapesos em aço de 120 mil quilos, consegue reduzir a frequência de oscilação da estrutura. A partir daí, os bloqueios não foram mais necessários.

E por que um sistema do tipo não foi usado no Rodoanel? Procurada ontem no fim da tarde, a Dersa não explicou.

Nathan Leventhal, conselheiro do Instituto de Engenharia, diz que projetos como o Rodoanel sempre devem levar em conta o vento. "Existem dispositivos capazes de evitar a oscilação das pistas", diz. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEstradasInfraestruturaMetrópoles globaissao-pauloSetor de transporteTransportes

Mais de Economia

Repasses federais ao RS poderão ser consultados na internet

Argentina entra em recessão técnica após PIB cair 5,1% em meio a medidas de Milei

Lula e Fernando Henrique se encontram em São Paulo

INSS: dados de milhões de beneficiários ficam expostos depois de múltiplos acessos suspeitos

Mais na Exame